Google tinha medo que a Microsoft dominasse os smartphones

Por Felipe Payão

16/05/2016 - 08:572 min de leitura

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Imagem de Google tinha medo que a Microsoft dominasse os smartphones no tecmundo

Hoje, quando pensamos nos sistemas operacionais mais dominantes globalmente, são dois que pulam na frente: Android e iOS. Contudo, por volta de 2008, o medo era de que a Microsoft dominasse todo o mercado — atualmente com o Windows Phone, apesar dos vários pontos positivos do sistema, ela ainda não abocanha uma fatia (1%) tão grande quanto Google (80%) e Apple (18%).

Na época em que os smartphones nasceram para o grande público, entre 2007 e 2008, o cofundador do Android, Rich Miner, escreveu um email interno detalhando que o sistema operacional da Google, na verdade, era uma ferramenta para bloquear as tentativas da Microsoft de se tornar uma gigante mobile.

"Se uma plataforma aberta (de código livre) não for introduzida nos próximos anos, a Microsoft vai dominar a plataforma de telefones móveis", dizia o email.

undefinedRich Miner, cofundador do Android

Assim, do nada?

Obviamente, a Google não iria comentar publicamente e "de graça" que estava com medo da Microsoft há alguns anos. Tudo isso surgiu durante um julgamento entre Google e Oracle, nos EUA. Há uma batalha judicial para entender se o Android foi desenvolvido com APIs Java — e se a equipe da Google tinha licenciamento para isso ou não.

"A Palm está morrendo, a RIM (BlackBerry) não tem muitos truques na manga e, enquanto o Symbian (um sistema operacional fechado) estiver crescendo no mercado, ele será a única solução da Nokia", escreveu Miner.

Hoje, praticamente oito anos depois de quando este email foi escrito, podemos ver com maior clareza tudo o que aconteceu: a Microsoft não conseguiu dominar este mercado, que hoje é liderado pelo Android, e acabou comprando a Nokia. Ainda, a BlackBerry, que já era vista como "sem muitos truques", hoje sofre para se manter viva com as ofertas de smartphones.

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Felipe Payão é jornalista. Cobre a editoria de cibersegurança com foco em cibercrime há oito anos e possui dois prêmios especializados: ESET América Latina e Comunique-se 2021.


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