Conselho Federal de Medicina quer regulamentar apps de marcar consultas

Por Paulo Guilherme

26/06/2017 - 10:551 min de leitura

Conselho Federal de Medicina quer regulamentar apps de marcar consultas

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Infelizmente, parece que a briga pela regulamentação de serviços online deixou de se limitar ao Uber e os taxistas para chegar a novas áreas. A briga da vez? A medicina e os apps de marcação de consulta, mais especificamente.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) estão trabalhando na elaboração de novas regras com o objetivo de regulamentar apps de marcação de consulta. Isso seria resultado de uma série de irregularidades nos serviços, que violam certas normas do código de ética médico.

Para o vice-presidente do conselho da Cremesp, apps de consulta são um exercício mercantilista da medicina que chega uma concorrência desleal

Um dos exemplos para isso é justamente o fato de esses apps mostrarem os preços da consulta. Na opinião do vice-presidente do conselho da Cremesp, Lavínio Camarim, essa prática gera uma “concorrência desleal”, representando um “exercício mercantilista da medicina” que vai contra o código de ética.

Junto disso, o órgão afirma que, desde uma resolução feita pelo CFM em 2008, os profissionais de medicina são proibidos de terem vínculo com “intermediadoras comerciais de serviços”. Isso se deve ao fato de os apps cobrarem uma taxa de cada consulta feita através de suas plataformas. Alguma surpresa se eu falar que isso também viola o código de ética médico aos olhos do Cremesp? Pois é.

Apps de consultas já estão sendo prejudicados

Em meio a essa briga, parece que já temos vários serviços na mira dos órgãos, como o Doutor Consulta e o Boa Consulta. O Doutor Já, por sua vez, se viu obrigado a parar de operar em território paulista devido à enorme pressão, bem como pelo fato de que o Cremesp, segundo a empresa por trás do aplicativo, estaria “coagindo médicos a deixar a plataforma sob ameaça de processá-los”.

Seja qual for a decisão tomada, parece que, como sempre, é o público que vai sair perdendo com a história.

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