Paris contesta autorização para uso de táxis voadores durante as Olimpíadas

A Prefeitura de Paris, na França, está tentando cancelar a autorização dada pelo governo do país para o funcionamento dos táxis voadores na cidade durante os Jogos Olímpicos de 2024, cuja cerimônia de abertura acontece na próxima sexta-feira (26). Conforme o Le Monde, há duas ações na justiça contestando a oferta do serviço.

Em parceria com um coletivo de organizações que luta contra a poluição do ar, a administração da capital francesa apresentou duas liminares solicitando o cancelamento do serviço, que será operado pelo Groupe ADP, responsável pelo aeroporto Charles de Gaulle. Os pedidos foram feitos nos dias 15 e 17 deste mês.

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O táxi voador é tão seguro quanto uma aeronave comercial tradicional, segundo a Volocopter. (Imagem: Getty Images)

Nas ações, o uso das aeronaves para deslocamentos na cidade é tratado como uma “aberração ambiental para os ultrarricos”. O funcionário da prefeitura parisiense, Dan Lert, também disse que o serviço é um “escândalo democrático”, pois adicionará um novo tipo de poluição sonora, incomodando os moradores ao longo dos trajetos.

Ainda de acordo com Lert, os táxis voadores que serão utilizados nas Olimpíadas de Paris consomem 30 vezes mais energia do que o metrô e emitem 45 vezes mais gases de efeito estufa. Além disso, esse veículos têm capacidade para transportar apenas um passageiro por vez, ao lado do piloto.

Restrições para os voos

Fabricado pela Volocopter, o táxi voador de Paris é um helicóptero elétrico de dois lugares que conta com 18 rotores dispostos em um anel na parte superior. A ideia da empresa alemã é aproveitar os Jogos Olímpicos para promover a aviação sem emissão de carbono no ambiente urbano.

O projeto prevê a disponibilidade de três linhas nas Olimpíadas de Paris 2024, seguindo pelo rio Sena e o anel viário para evitar a passagem por edifícios. Na autorização dada pelo Ministério da Transição Ecológica, os voos estão liberados das 8h às 17h, com dois a cada hora, no máximo.

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A concessão em caráter experimental é válida até o dia 31 de dezembro deste ano, para um total de 900 voos. A cobrança de passagens não acontecerá durante o evento esportivo, mas posteriormente o bilhete para o táxi voador deverá custar € 110, em média, o equivalente a R$ 667 pela cotação do dia.