Cientistas desenvolvem material autocurável inspirado no cinema

Por André Luiz Dias Gonçalves

20/08/2020 - 15:301 min de leitura

Cientistas desenvolvem material autocurável inspirado no cinema

Fonte :  US Army/Divulgação 

Imagem de Cientistas desenvolvem material auto-curável inspirado no cinema no tecmundo

Inspirado no filme O Exterminador do Futuro 2 — O Dia do Julgamento Final, um grupo de cientistas do exército dos Estados Unidos está desenvolvendo um material com capacidade de se autocurar e mudar de forma, conforme comunicado divulgado na última segunda-feira (17).

No longa lançado em 1991 e estrelado por Arnold Schwarzenegger, o vilão é o robô T-1000, que consegue se curar após sofrer diferentes tipos de ataque e mudar de aparência e forma. O material que os pesquisadores estão criando tem características semelhantes às encontradas no personagem de Robert Patrick.

De acordo com Frank Gardea, engenheiro aeroespacial do Laboratório de Pesquisa do Comando de Desenvolvimento de Capacidades de Combate, a nova substância a princípio será utilizada em melhoramentos para plataformas militares, podendo ajudar na criação de veículos aéreos não tripulados e robóticos autorreparáveis, por exemplo.

O material já teve a sua primeira versão produzida, mas ainda está longe de ficar pronto.O material já teve a primeira versão produzida, mas ainda está longe de ficar pronto.

Produzido à base de epóxi impresso em 3D, o material responde a estímulos de temperatura e luz, mas a proposta é aumentar essa gama de ativação. Além disso, os cientistas pretendem incorporar algum tipo de inteligência para que o produto consiga se adaptar ao ambiente sem qualquer controle externo.

Primeiros testes realizados com sucesso

O projeto, desenvolvido em parceria com a Texas A&M University, ainda está nos primeiros passos, mas os resultados obtidos com o polímero flexível já deixaram os cientistas animados. A partir de agora, eles começam a trabalhar na introdução de novos comportamentos de ativação e respostas múltiplas e pretendem explorar melhor a capacidade de memória da substância, que pode ser programada para voltar a determinada forma após sofrer algum tipo de estímulo.

Desenvolver as "ligações dinâmicas que permitem que o material passe de líquido para sólido várias vezes" é outro dos desafios, segundo Gardea.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


Veja também