Afinal, existe um remédio para emagrecer realmente?

Por Acácio Moraes

02/03/2022 - 10:003 min de leitura

Afinal, existe um remédio para emagrecer realmente?

Fonte :  Pixabay 

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Não existe atalhos para emagrecer. Existem sim medicamentos que podem auxiliar uma pessoa que está em processo de perda de gordura, mas nenhum deles opera sozinho e os resultados são baseados em muitos fatores.

Médicos e nutricionistas podem receitar remédios que aceleram o metabolismo, favorecem a queima de gordura, que inibem o acúmulo dela, que reduzem o apetite, que combatam a retenção de líquido ou até mesmo que controlem a ansiedade.

Muita gente tem o desejo de emagrecer por pressões estéticas (Fonte: Unplash/Huha Inc.)Muita gente tem o desejo de emagrecer por pressões estéticas (Fonte: Unplash/Huha Inc.)

Apesar de haver interesse da ciência na busca por um remédio capaz de resolver o problema da obesidade, os que temos disponível até hoje ainda dependem de cada organismo e sua eficácia tem de ser analisada individualmente. 

O que é emagrecimento?

Em primeiro lugar é preciso deixar claro que emagrecimento e perda de peso são coisas diferentes. Uma pessoa que emagrece é aquela que perde parte da gordura que fica acumulada no corpo.

A gordura, entretanto, está longe de ser um grande vilão. Ela é uma reserva importante de energia para nós. Existem faixas saudáveis de acúmulo dessa substância para cada tipo de pessoa. Ela só passa a representar algum perigo quando está presente em excesso.

Ao emagrecer é possível que haja perda de peso, mas não é a regra. Isso porque o nosso peso se deve à soma de tudo que temos no corpo, incluindo músculos e ossos. E a gordura é o mais leve entre eles.

Porque emagrecer?

O emagrecimento pode ser motivado, em primeiro lugar, por questão de saúde. Outra grande razão que pode levar uma pessoa na busca desse objetivo é estética. 

A obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças e por isso muitos médicos recomendam que as pessoas se mantenham dentro dos percentuais ideias de gordura corporal.

Mas é preciso atenção. O diagnóstico de obesidade não é e nem pode ser dado com base na aparência. A quantidade percentual de gordura é medida por um profissional médico ou nutricionista, capaz de fazer os cálculos com base no tipo de corpo de cada um.

Qual o caminho para a perda de gordura?

Só há um caminho possível, sem atalhos, para o emagrecimento. Se a gordura é nossa reserva energética natural, é preciso aumentar a demanda por ela, obrigando o metabolismo a queimar esse estoque.

Duas estratégias podem ser adotadas para isso, e geralmente são tomadas em conjunto. A primeira consiste em reduzir o consumo de calorias. Dessa forma, nosso corpo tem de recorrer ao que já tem acumulado para se manter em funcionamento.

Essa redução não precisa ser drástica. Diminuindo aos poucos o tamanho das porções e removendo alimentos altamente processados já pode ser o suficiente para algumas pessoas. Lembre-se que toda comida tem nutrientes, e nenhum deles é um vilão.

O segundo método pra queimar gordura é o aumento do gasto energético diário, e isso pode ser feito através de exercícios físicos. A Organização Mundial da Saúde recomenda que a prática de atividade deve ser de, no mínimo, cinco dias na semana.

E os remédios?

Nenhum medicamento dito para emagrecer irá funcionar sem que os passos anteriores sejam tomados. Por isso, antes de recorrer à essa soluções é preciso estabelecer uma rotina de treinos e adotar uma alimentação saudável.

Feito isso, um médico ou nutricionista pode recomendar fármacos como ajuda terapêutica. Isso porque algumas pessoas tem a tendência de acumular mais gordura e pode ser mais difícil para elas o emagrecimento

Remédios para esse fim incluem medicamentos de farmácias, substâncias naturais e até mesmo preparos caseiros.

Emagrecimento muitas vezes é confundido com perda de peso, mas não são a mesma coisa (Fonte: Unplahs/i yunmai)Emagrecimento muitas vezes é confundido com perda de peso, mas não são a mesma coisa (Fonte: Unplahs/i yunmai)

Entre os preparos farmacêuticos, a maioria é constituída de inibidores de apetite, como a sibutramina, a saxendra e o cloridrato de lorcaserina. Esses medicamentos tendem a ajudar na redução do consumo de calorias.

Medicamentos que impedem a absorção de gordura como o orlistate também podem ser receitados. Essa pílula é recomendada para pacientes com obesidade com fatores de risco associados que precisam de intervenção mais imediata.

Entre os caseiros estão o chá verde, que tem propriedades antioxidantes e cafeína, capaz de acelerar o metabolismo. Alimentos contendo glucomanano, quitosana, spirulina podem dar uma maior sensação de saciedade e contribuir para reduzir o tamanho das porções de comida.

Chás caseiros podem ajudar o processo, mas sozinhos não fazem milagre (Fonte: Pixabay/congerdesign)Chás caseiros podem ajudar o processo, mas sozinhos não fazem milagre (Fonte: Pixabay/congerdesign)

Ainda que no Brasil existam remédios que ajudem no processo de emagrecimento, eles ainda são vistos com descrença, mesmo entre os médicos. É que a perda de gordura é um processo muito complexo.

Além disso, seu uso pode ser muitas vezes frustrante. A adequação dos hábitos alimentares e a prática de exercícios são as atitudes que realmente levam à mudança. O uso de medicação é apenas uma bengala que melhora um pouquinho os resultados. Mas muitos pacientes acabam depositando muita esperança neles.

Além disso, nenhum desses medicamentos leva à cura da obesidade. Essa condição de saúde é muito mais complexa. Inclusive é preciso desmistificar os preconceitos de que um obeso não emagrece por falta de vontade ou preguiça. Muitas vezes a cura para um problema está além das nossas mãos.

Por isso, se qualquer pessoa, seja obesa ou saudável, tem a intenção de emagrecer, o primeiro passo é buscar um médico. Somente ele poderá indicar qual o melhor caminho para você, e irá te encaminhar para um bom nutricionista e para um educador físico.

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