Erupção em Tonga teve recorde de altura de pluma vulcânica

Por Lucas Vinicius Santos

04/11/2022 - 12:002 min de leitura

Erupção em Tonga teve recorde de altura de pluma vulcânica

Fonte :  Simon Proud / Uni Oxford, RALSpace NCEO / Japan Meteorological Agency 

Imagem de Erupção em Tonga teve recorde de altura de pluma vulcânica no tecmundo

Cientistas do Departamento de Física da Universidade de Oxford, nos Estados Unidos, confirmaram que a erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, em Tonga, produziu a maior pluma vulcânica já registrada. Além disso, foi a primeira erupção observada a romper a camada mesosfera da atmosfera.

O artigo com os resultados da pesquisa foi publicado na revista Science no dia 3 de novembro

Um estudo anterior havia concluído que a erupção do Hunga Tonga-Hunga Ha’apai foi a maior registrada neste século

No dia 15 de janeiro de 2022, o vulcão entrou em processo de erupção, causando uma explosão violenta que produziu ondas de choque em todo o mundo — algumas regiões até sofreram com tsunamis.

A pluma vulcânica poderosa ejetou cinzas e água na atmosfera, registrando um novo recorde. Após a medição dos cientistas, foi calculada uma altitude de 57 quilômetros em seu pico — uma extensão significativamente maior que os recordes anteriores, como a pluma vulcânica do Monte Pinatubo (40 quilômetros), nas Filipinas, em 1991.

Foto registrada após 100 minutos da erupção; os cientistas usaram três satélites meteorológicos geoestacionários para medir a altura da pluma, usando o efeito de paralaxe.Foto registrada após 100 minutos da erupção; os cientistas usaram três satélites meteorológicos geoestacionários para medir a altura da pluma, usando o efeito de paralaxe.

Pluma vulcânica

“É um resultado extraordinário, pois nunca vimos uma nuvem de qualquer tipo tão alta antes. Além disso, a capacidade de estimar a altura da maneira que fizemos (usando o método da paralaxe) só é possível agora que temos uma boa cobertura de satélite. Não teria sido possível há uma década ou mais”, disse o principal autor do estudo, Simon Proud.

A explosão foi tão violenta que se aproximou da estratosfera, por isso, eles não conseguiram medir a altura com os métodos tradicionais — normalmente, as medições são realizadas até a troposfera, a camada mais baixa da atmosfera da Terra. . Então, eles usaram um método que usa o efeito paralaxe, possibilitando medir diferentes dados para chegar ao resultado.


Por Lucas Vinicius Santos

Especialista em Redator

Lucas Guimarães escreve sobre ciência e tecnologia há mais de dez anos.


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