Detector de diarreia rastreia cólera ao 'ouvir' pessoas fazendo cocô

Por Lucas Vinicius Santos

09/12/2022 - 09:001 min de leitura

Detector de diarreia rastreia cólera ao 'ouvir' pessoas fazendo cocô

Fonte :  Reprodução/Maia Gatlin 

Imagem de Detector de diarreia rastreia cólera ao "ouvir" pessoas fazendo cocô no tecmundo

Na última segunda-feira (5), o pesquisador Maia Gatlin, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, realizou uma apresentação sobre um detector de diarreia capaz de rastrear cólera ao captar o som de pessoas fazendo cocô. A novidade foi apresentada durante a última reunião da sociedade científica internacional Acoustical Society of America.

O objetivo de Gatlin é oferecer um sensor, que ocupa pouco espaço e não tem abordagem invasiva, para detectar a quantidade de pessoas que apresentam sintomas de cólera em determinadas regiões, onde existe risco real de contaminação. Ele diz que amostras de áudios foram analisadas por um algoritmo baseado em aprendizado de máquina, que aprendeu a diferenciar os sons e rastrear doenças.

Maia explica que amostras de áudio foram transformadas em espectrogramas, um recurso que transforma som em imagens, para a equipe entender os diferentes sons que produzimos no banheiro. Por exemplo, o som de urinar difere do som de defecar, enquanto a diarreia pode produzir sons mais aleatórios.

O cientista acredita que, no futuro, o algoritmo poderá ser usado por meio de dispositivos inteligentes domésticos.O cientista acredita que, no futuro, o algoritmo poderá ser usado por meio de dispositivos inteligentes domésticos.

Detector de diarreia

Durante a apresentação, nomeada de "A tese das fezes: usando aprendizado de máquina para detectar diarreia", o pesquisador descreveu que um microfone não invasivo é o responsável por identificar doenças intestinais — inclusive, ele não coleta informações pessoais e nem usa câmeras, apenas faz a identificação do problema.

"O sensor também pode ser usado em zonas de desastre (onde a contaminação da água leva à disseminação de patógenos transmitidos pela água) ou até mesmo em instalações de enfermagem/hospícios para monitorar automaticamente os movimentos intestinais dos pacientes”, disse Gatlin.


Por Lucas Vinicius Santos

Especialista em Redator

Lucas Guimarães escreve sobre ciência e tecnologia há mais de dez anos.


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