Adesivo inteligente monitora biomoléculas e detecta problemas de saúde

Por Lucas Vinicius Santos

29/12/2022 - 04:001 min de leitura

Adesivo inteligente monitora biomoléculas e detecta problemas de saúde

Fonte :  Universidade da Califórnia 

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Engenheiros da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, desenvolveram um sensor vestível que faz o monitoramento de biomoléculas em tecidos profundos do corpo humano, a fim de detectar diferentes condições que podem afetar a saúde. A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Communications.

Em um estudo realizado pelo mesmo grupo em 2018, foi desenvolvido um adesivo que usava ondas de ultrassom para monitorar a espessura dos vasos sanguíneos e entregar dados em tempo real sobre a pressão arterial dos pacientes. Com base nessa pesquisa, a nova versão é focada no monitoramento da perfusão sanguínea, uma função importante para o corpo humano, que pode indicar diferentes disfunções de saúde.

Ao monitorar a biomolécula da hemoglobina em tecidos profundos, o sensor pode identificar ataques cardíacos, problemas graves em órgãos, câncer, entre outras condições. Apesar de existirem opções semelhantes atualmente, como a ressonância magnética, o novo adesivo é a única solução que pode fazer monitoramento de biomoléculas profundas a longo prazo.

O sensor supera algumas limitações das opções disponíveis atualmente.O sensor supera algumas limitações das opções disponíveis atualmente.

“A quantidade e a localização da hemoglobina no corpo fornecem informações críticas sobre a perfusão sanguínea ou acúmulo em locais específicos. Nosso dispositivo mostra grande potencial no monitoramento de grupos de alto risco, permitindo intervenções oportunas em momentos urgentes”, disse o coautor do estudo, Sheng Xu, em nota oficial da Universidade da Califórnia.

Como o sensor funciona?

O adesivo eletrônico é flexível para facilitar a aderência em qualquer região da pele e foi desenvolvido com matrizes de diodos laser e transdutores piezoelétricos em uma matriz de polímero. Dessa forma, os lasers são ativados para monitorar os tecidos profundos e, inclusive, pode criar mapas 3D da análise.

Além da possibilidade de criar mapas em 3D, os testes com o sensor permitiram que os engenheiros tivessem acesso a informações cruciais para detectar diferentes condições de saúde.


Por Lucas Vinicius Santos

Especialista em Redator

Lucas Guimarães escreve sobre ciência e tecnologia há mais de dez anos.


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