Microrrobô identifica e transporta células usando magnetismo e eletricidade

Por Lucas Vinicius Santos

05/04/2023 - 12:002 min de leitura

Microrrobô identifica e transporta células usando magnetismo e eletricidade

Fonte : Getty Images

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Uma pesquisa liderada por cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel, desenvolveu microrrobôs com o tamanho de uma célula biológica. Inspirados em bactérias, espermatozoides e outras células 'nadadoras', os microrrobôs são partículas sintéticas que se locomovem usando campos magnéticos e elétricos para identificar e capturar células específicas.

Publicado na revista científica Advanced Journal, o estudo explica que o microrrobô funciona como um escâner e pode ajudar em diferentes áreas, como no meio ambiente, na descoberta de diagnósticos médicos, no transporte e triagem de medicamentos, em cirurgias, na promoção de pesquisas sobre a análise de células únicas, entre outras áreas — por exemplo, ele consegue identificar células específicas e descobrir se elas estão saudáveis ou morrendo.

Com apenas dez mícrons de diâmetro, o microrrobô pode ser controlado de forma autônoma ou por uma pessoa usando um controlador. Um dos grandes diferenciais do robô minúsculo é a capacidade de identificar células não rotuladas; para entender a funcionalidade, os cientistas testaram o microrrobô ao capturar um glóbulo vermelho, células cancerígenas e uma bactéria.

Por enquanto, os testes foram realizados apenas com amostras biológicas, mas os pesquisadores têm a intenção de conduzir testes em humanos em breve (imagem ilustrativa).Por enquanto, os testes foram realizados apenas com amostras biológicas, mas os pesquisadores têm a intenção de conduzir testes em humanos em breve (imagem ilustrativa).

Microrrobô que captura células

“O desenvolvimento da capacidade do microrrobô de se mover de forma autônoma foi inspirado em micronadadores biológicos, como bactérias e espermatozoides. Esta é uma área de pesquisa inovadora que está se desenvolvendo rapidamente, com uma ampla variedade de usos em áreas como medicina e meio ambiente, além de uma ferramenta de pesquisa”, disse o professor da Universidade de Tel Aviv e autor do estudo, Gilad Yossifon.

Para a propulsão da partícula sintética, os pesquisadores combinaram dois métodos de micromotores, um que impulsiona o microrrobô por meio de um campo magnético e outro que usa eletricidade para a propulsão. Segundo os pesquisadores, o mecanismo híbrido de propulsão é de extrema importância em ambientes fisiológicos, onde ele pode ser ativado pelos campos magnéticos e elétricos.

Em um vídeo curto publicado no YouTube, em inglês, a equipe de pesquisadores explica detalhadamente sobre o funcionamento do microrrobô.


Por Lucas Vinicius Santos

Especialista em Redator

Lucas Guimarães escreve sobre ciência e tecnologia há mais de dez anos.


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