Polícia de São Paulo investiga grupos que mandam mensagens de ódio na rede

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

12/08/2015 - 05:161 min de leitura

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A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que faz parte da Polícia Civil de São Paulo, está atarefada. O setor investiga atualmente dois grupos nacionais que seriam os responsáveis por uma série de crimes de ódio e ataques com mensagem de intolerância e preconceito nas redes sociais.

Segundo a BBC Brasil, um dos grupos seria o autor do ataque à jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, que recebeu inúmeros recados racistas em sua página do Facebook após aparecer com frequência na grade do Jornal Nacional.

Detalhes sobre os suspeitos não foram divulgados, mas o modo de operação já é mais ou menos conhecido: com base em Rio de Janeiro e São Paulo, os maiores responsáveis pelos ataques combinam os atos pelas próprias redes sociais, como em grupos fechados do Facebook. O repertório envolve "floods" (ou seja, postagens em massa) e ações como postagem de mensagens preconceituosas ou fotos pornográficas.

Segundo o SaferNet Brasil, mais de 86 mil denúncias de racismo e 4,2 mil denúncias de homofobia foram registradas apenas em 2014 — e, especialmente por conta dessa demanda, não é possível cobrir ou investigar todos os casos.

Ainda assim, quando investigadas e punidas, as acusações mais graves podem render penas de um a três anos de prisão.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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