Como foi feito o holograma de Tupac Shakur que impressionou o mundo?

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

19/04/2012 - 12:562 min de leitura

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Imagem de Como foi feito o holograma de Tupac Shakur que impressionou o mundo? no site TecMundo

A projeção de Tupac, à direita, interage ao vivo com Snoop Dogg. (Fonte da imagem: Reprodução/YouTube)

Dias depois de sua aparição, o holograma que “reviveu” o rapper Tupac Shakur, morto em 1996, continua dando o que falar em todo o mundo. Ninguém duvida de que não se tratava de algum tipo de sósia do músico no palco do festival Coachella, mas muitas pessoas ainda não acreditam que a tecnologia esteja tão avançada a ponto de produzir imagens tão perfeitas.

Mas, como demonstra o Wall Street Journal, o negócio nem é assim tão complicado. O que foi mostrado no show não eram imagens de arquivo, mas uma imagem sintética criada em computador e projetada com o auxílio da reflexão, como mostra a imagem abaixo.

A explicação, em inglês, de como Tupac surgiu no palco. (Fonte da imagem: Reprodução/WSJ)

Explicamos: primeiro, um Tupac em computação gráfica é criado a partir de movimentos e da aparência do rapper. O vídeo da apresentação digitalizada é então projetado por um aparelho apontado para o chão do palco, que é feito de uma superfície reflexiva.

O conteúdo é então refletido para o fundo do palco, onde está um plástico altamente leve, reflexivo e quase transparente, chamado Mylar. É ele o responsável por exibir a imagem que você acompanhou no vídeo. Para fazer um dueto com o Tupac, como fez Snoop Dogg no último domingo (15), basta posicionar o artista atrás dessa tela (e garantir que ele não ocupe a mesma posição da projeção).

Vem mais por aí?

Alguns artistas, como o também rapper Dr. Dre e Snoop Dogg, confirmaram o interesse de fazer uma turnê com o uso da tecnologia, que teria custado até US$ 400 mil. Algumas indicações apontam para a realização de um festival na presença de vários músicos do gênero, além da projeção de Tupac.

A responsável pela criação é a Digital Domain Media Group, uma empresa de efeitos especiais que já atuou em grandes produções de Hollywood, como “O Curioso Caso de Benjamin Button”. Apesar dos gastos, a companhia está em alta e pode investir nesse tipo de apresentação daqui para frente. Será que veremos mais famosos já falecidos reaparecendo por aí?


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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