China quer banir conteúdo online que 'não é socialista o suficiente'

Por Felipe Payão

05/07/2017 - 09:021 min de leitura

China quer banir conteúdo online que 'não é socialista o suficiente'

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A China é reconhecida pela mão pesada na censura contra qualquer tipo de conteúdo produzido no próprio território. O país, que atua em uma distorção do sistema político socialista, agora está querendo banir sites e blogs que não acompanhem "os principais valores do socialismo".

De acordo com a Reuters, a China acredita que diversos tópicos não seguem "os valores socialistas" e, entre eles, estão "o vício em drogas" e "a homossexualidade". Ou seja: qualquer blog ou site que aborde estes temas serão derrubados pelo governo chinês.

Temas que sofrerão censura: violência explícita, insultos contra a China, 'promiscuidade sexual', morte de animais, fumo (tabaco), material religioso e linguagem inapropriada

Atualmente, a China já bloqueia o acesso para sites de pornografia e religiosos (fora as praticadas em território nacional). Agora, o novo regulamento tem foco em conteúdo audiovisual e qualquer criador que quiser postar vídeo ou áudio com os temas citados, terá que passar pela aprovação de dois auditores do governo.

  • A rede social Weibo, que funciona de maneira similar ao Twitter e possui milhões de usuários, também será monitorada pela China.

Entre os temas que sofrerão censura, no geral, estão: violência explícita, insultos contra a China, "promiscuidade sexual (como incesto e masturbação), apostas, genitais, morte de animais, fumo (tabaco), material religioso e linguagem inapropriada.

Dessa maneira, as autoridades chinesas comentaram o que os criadores podem postar: patriotismo, conteúdo pró-pátria, piedade filial, material histórico positivo e histórias sobre filantropia e alivio à pobreza. Quem não cumprir as obrigações, terá o conteúdo proibido de ser postado ou retirado da internet.

O mercado de conteúdo audiovisual chinês deverá alcançar um valor de US$ 17,6 bilhões até 2020, segundo o IHS Markit.


Felipe Payão é jornalista. Cobre a editoria de cibersegurança com foco em cibercrime há oito anos e possui dois prêmios especializados: ESET América Latina e Comunique-se 2021.


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