Google desativa dados do Maps na Ucrânia para proteger a população

Por JORGE MARIN

28/02/2022 - 04:302 min de leitura

Google desativa dados do Maps na Ucrânia para proteger a população

Fonte :

Imagem de Google desativa dados do Maps na Ucrânia para proteger a população no tecmundo

O Google anunciou a desativação temporária dos seus recursos de informações de movimentações de tráfego pelo Google Maps na Ucrânia. O objetivo, explica a empresa, é proteger a segurança dos cidadãos, enquanto o país vem sofrendo ocupação pela Rússia.

Um recurso útil em tempos de paz, as informações anônimas coletadas por smartphones equipados com o sistema Android podem melhorar a precisão das condições de trânsito, indicando atrasos nas estradas, lojas e restaurantes ocupados no caminho. Mas esses dados podem igualmente monitorar, em tempo real, a invasão do país.

Várias organizações OSINT (iniciais em inglês para inteligência em código aberto), que utilizam informações encontradas publicamente na internet para coletar e processar informações sobre a guerra na Ucrânia, garantem que “engarrafamentos” incomuns na fronteira eram os sinais da chegada das forças russas. “Fomos os primeiros a ver a invasão, afirmou no Twitter o professor Jeffrey Lewis, da organização Arms Control Wonk.

Por que o Google desativou as informações sobre o Maps?

O Google afirmou à Reuters no domingo (27) que a sua decisão de desabilitar a divulgação global de informações sobre a camada de tráfego do Google Maps – que inclui detalhes em tempo real sobre lugares mais movimentados – na Ucrânia foi para proteger os cidadãos do país. Feito mediante consulta às autoridades da região, o bloqueio não atinge os motoristas locais, que continuam usando os recursos para se deslocar. 

As ocorrências de engarrafamentos reportadas na quinta-feira passada (24), que permitiram mapear a invasão militar através de um aplicativo de trânsito, foram provavelmente transmitidas por smartphones de civis parados em bloqueios nas estradas. O professor Lewis especula que, muitas vezes, as empresas de big data não percebem "quão úteis seus dados podem ser”. Porém, para os dois lados do conflito.


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


Veja também


Fontes