Google Cloud calcula 100 trilhões de dígitos do Pi e bate recorde

Por André Luiz Dias Gonçalves

10/06/2022 - 15:001 min de leitura

Google Cloud calcula 100 trilhões de dígitos do Pi e bate recorde

Fonte :  Google/Divulgação 

Imagem de Google Cloud calcula 100 trilhões de dígitos do Pi e bate recorde no tecmundo

O Google Cloud estabeleceu um novo recorde mundial no cálculo dos dígitos do Pi, a famosa constante matemática definida por meio da relação entre o perímetro de uma circunferência e o seu diâmetro. A façanha foi anunciada pela companhia de Mountain View na quarta-feira (8).

De acordo com a gigante das buscas, o sistema de computação na nuvem conseguiu calcular 100 trilhões de dígitos do Pi, superando o recorde anterior que era de 62,8 trilhões de casas decimais, registrado no ano passado por pesquisadores suíços. Esta foi a segunda vez que a empresa se aventurou nesta tarefa.

Em 2019, a big tech calculou 31,4 trilhões de dígitos do número Pi, a maior marca alcançada por ela até então. Com o resultado mais recente, foi possível triplicar a capacidade de casas decimais calculadas em apenas três anos, graças à tecnologia Compute Engine, que utiliza máquinas com largura de banda de saída de 100 Gbps.

A evolução no cálculo das casas decimais do Pi.A evolução no cálculo das casas decimais do Pi.

O Pi é classificado como número irracional, ou seja, não pode ser expresso como uma razão de dois inteiros, fazendo com que sua representação decimal nunca termine. Matemáticos tentam aumentar a precisão há milhares de anos, conta que ganhou mais de 37 trilhões de dígitos no trabalho da computação na nuvem da Google.

Grande poder de processamento

Foi utilizada uma máquina n2-highmen com Intel Xeon de 128 vCPUs e 864 GB de memória RAM para o cálculo dos 100 trilhões de dígitos do Pi no Google Cloud. O equipamento tem 663 TB de armazenamento, dos quais 515 TB foram utilizados durante o processo.

A big tech informou que a atividade começou no dia 14 de outubro de 2021 e só foi finalizada em 21 de março deste ano, gastando um total de 157 dias, 23 horas, 31 minutos e 7,651 segundos. Ao final, foram gerados 82 petabytes de dados lidos e gravados pelo dispositivo.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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