CEO do OnlyFans quer que plataforma seja conhecida para além da pornografia

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

01/03/2024 - 05:452 min de leitura

CEO do OnlyFans quer que plataforma seja conhecida para além da pornografia

Fonte :  OnlyFans 

Imagem de CEO do OnlyFans quer que plataforma seja conhecida para além da pornografia no tecmundo

A plataforma de assinaturas de conteúdos exclusivos OnlyFans é quase sempre associada à venda de conteúdos adultos. Entretanto, a atual CEO da empresa, Keily Blair, está fazendo o possível para ao menos reduzir essa conexão.

Em entrevista ao Financial Times, a executiva comentou sobre a diversidade de conteúdos compartilhados no serviço, além de falar um pouco sobre o presente e o futuro da marca.

Ela ainda rejeita o rítulo de ser um site "pornográfico". Segundo Keily, essa palavra tem um significado normalmente pejorativo e associado a determinadas práticas. Além disso, esse termo limitaria a publicação no OnlyFans para certos tipos de material.

Kely Blair, CEO do OnlyFans desde julho de 2023.Kely Blair, CEO do OnlyFans desde julho de 2023.

"Nós somos um site que hospeda conteúdo adulto, mas nós também hospedamos uma variedade de outros conteúdos. E muita gente que cria conteúdo adulto também escolhe criar outros formatos de conteúdo", explica. A CEO cita, por exemplo, pessoas que gostam de compartilhar aulas, tutorais ou produções musicais com os assinantes.

Até por isso, Keiley usa sempre a expressão "conteúdo adulto", citando que adultos gostam de muitas coisas para além de consumo de materiais sobre sexo.

OnlyFans está em momento de alta

Na entrevista, a executiva confirmou que o OnlyFans passa por um momento bastante positivo em termos financeiros. 

Atualmente, são cerca de 3 milhões de criadores de conteúdo cadastrados, com um crescimento de 17% registrado em 2023. Porém, a CEO não revelou qual a porcentagem desses usuários cria ou consome apenas conteúdos adultos.

Além disso, ele já pagou US$ 15 bilhões aos criadores de conteúdo desde a fundação, que aconteceu em 2016. Keiley reforçou ainda que, ao menos a curto prazo, a companhia não planeja fazer uma oferta pública de ações (IPO) por não ver vantagem no processo.

Em 2021, entretanto, quase que todo esse modelo de negócios foi derrubado. A plataforma chegou a anunciar o banimento de conteúdos adultos, mas voltou atrás rapidamente após reações negativas da comunidade.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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