Setor de baterias deve investir US$ 750 bi em novas minas de lítio até 2030

Por Claudio Yuge

24/11/2017 - 13:172 min de leitura

Setor de baterias deve investir US$ 750 bi em novas minas de lítio até 2030

Fonte : Bloomberg

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Será que vai faltar lítio? O metal é o principal componente das baterias atualmente utilizadas em smartphones, computadores e… carros elétricos. Como esse último setor está em franca ascensão — uma das grandes culpadas por isso é a Tesla Motors —, já há uma grande preocupação com relação às reservas. A projeção do Bloomberg New Energy Finance estima que devam ser investidos entre US$ 350 bilhões e US$ 750 bilhões em novas minas até 2030.

A alta demanda começou há dois anos, quando a falta do lítio triplicou seu valor e chegou a mais de US$ 20 milhões por toneladas em apenas 10 meses. E o cenário prevê crescimento no setor de veículos alimentados por eletricidade, com vendas globais perto das 24 milhões de unidades em todo o mundo em 2030 — mais do que o triplo comercializado atualmente.

lítio bateriaProjeção de vendas anuais de carros elétricos até 2030

Para ter uma ideia, cada modelo do Tesla Model S possui 7 mil baterias. Desse total, sete quilos são de lítio. Tianqi Lithium, SQM, Albemarle e FMC, as empresas que atualmente dominam esse cenário, terão que se desdobrar para suprir o equivalente a 35 plantas de energia do tamanho da gigante Tesla Gitafactory, que segue em construção.

América do Sul terá papel importante nesse contexto

A boa notícia é que a Terra possui uma reserva enorme de lítio e mesmo com a exploração massiva do metal nos próximo 13 anos não chegaremos a drenar sequer 1% de tudo o que há no planeta. E as grandes minas que atualmente abastecem o planeta estão na América do Sul, principalmente na Bolívia, no Chile e na Argentina.

lítio bateriaMaiores concentrações em reservas de lítio atualmente em todo o mundo

Quase metade do lítio comercializado atualmente vem dos platôs do Atacama, nas divisas com os argentinos. Outra grande concentração está na região do condado de Cornwall, na Inglaterra. As companhias pretendem aumentar de 16 para 36 o número de locais para extração, contudo, há algumas condições que precisam ser debatidas pelas empresas e pelos governos locais, em especial a poluição e falta de água, barreiras muito presentes nos postos de trabalho.

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