Spectre e Meltdown: CEO da Intel fala sobre falhas de segurança na CES 2018

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

09/01/2018 - 05:231 min de leitura

Spectre e Meltdown: CEO da Intel fala sobre falhas de segurança na CES 2018

Fonte :

Imagem de Spectre e Meltdown: CEO da Intel fala sobre falhas de segurança na CES 2018 no tecmundo

O CEO da Intel, Brian Krzanich, foi o responsável pela conferência de abertura da CES 2018 nesta segunda-feira (8). Ele provavelmente já tinha um discurso pronto há algum tempo para falar sobre inteligência artificial e inovação, mas não deu para fugir dos temas do momento: as falhas de segurança Spectre e Meltdown, que atingiram chips fabricados nos últimos 20 anos pela companhia e também obrigaram marcas como Microsoft, Apple e AMDa correrem com atualizações.

E não teve jeito: antes de entrar nos temas oficiais, Krzanich quebrou o silêncio sobre as vulnerabilidades e começou tranquilizando o público. "Por enquanto, não recebemos qualquer informação de que essas falhas tenham sido usadas para obter dados de consumidores. Estamos trabalhando incansavelmente nesses problemas para garantir que isso continue assim", afirma o CEO.

A forma de garantir que seus dados continuem seguros é atualizar o sistema operacional logo que os patches de segurança forem disponibilizados.

"A colaboração entre tantas companhias a respeito desse problema em diferentes arquiteturas nessa indústria tem sido verdadeiramente marcante. A segurança é o trabalho número um para a Intel e a nossa indústria. Então, o foco primário de nossas decisões e discussões tem sido manter os dados dos nossos consumidores seguros", explica. Porém, vale lembrar que nem todas as notícias foram boas: atualizações da Microsoft para chips AMD já geraram novas falhas.

E o desempenho?

O CEO reforçou o prazo de que mais de 90% das máquinas com chips Intel dos últimos cinco anos terão a atualização de segurança em até uma semana e os demais produtos para até o fim de janeiro.

E ele insiste que as atualizações não vão impactar o desempenho das máquinas, pois isso seria "altamente dependente da carga de trabalho". Em outras palavras, é possível que alguns usuários sintam alguma diferença, mas a Intel vai "trabalhar com a indústria para minimizar o impacto com o tempo", conclui o executivo.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


Veja também


Fontes