Huawei deve perder sua maior fornecedora de processadores

Por Felipe Payão

22/05/2019 - 05:081 min de leitura

Huawei deve perder sua maior fornecedora de processadores

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Imagem de Huawei vai ficar sem os chips da ARM agora no tecmundo

Pouco a pouco, a Huawei vai perdendo companhias parceiras nos Estados Unidos após decreto assinado pelo presidente Donald Trump. Após o Google, agora a Huawei deverá perder negócios com a fabricante britânica ARM, responsável pela arquitetura da maioria dos processadores móveis utilizados atualmente.

Segundo a BBC, um memorando interno da ARM instrui aos funcionários a cessarem “todos os contratos ativos, direitos de suporte e quaisquer compromissos pendentes” com a Huawei. A ordem foi realizada para a ARM cumprir com as novas regras estadunidenses de comércio.

Reconhecemos a pressão que alguns parceiros sofrem, como resultado de decisões motivadas por caráter político

Por qual motivo a ARM, que é britânica, faria parte dessa briga? No memorando, a própria companhia explica que o design de seus processadores conta com tecnologia dos Estados Unidos. Por isso, a empresa acredita que será afetada pelas novas regras.

A Huawei, com esta mudança, se vê mais “apertada”. Mesmo que seja uma gigante das telecomunicações, a companhia precisará trabalhar pesado para reverter as recentes perdas. Atualmente, ela já trabalha e testa um sistema operacional próprio para tomar lugar do Google Android. Caso a ARM realmente pare de entregar processadores para a chinesa, em pouco tempo, a Huawei terá que pensar em outra saída.

Sobre o caso, a Huawei comentou: “Valorizamos nossos estreitos relacionamentos com nossos parceiros, mas reconhecemos a pressão que alguns deles sofrem, como resultado de decisões motivadas por caráter político. Estamos confiantes de que esta situação lamentável possa ser resolvida e nossa prioridade continua sendo a de fornecer tecnologia e produtos de classe mundial para nossos clientes em todo o mundo”.


Felipe Payão é jornalista. Cobre a editoria de cibersegurança com foco em cibercrime há oito anos e possui dois prêmios especializados: ESET América Latina e Comunique-se 2021.


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