Steve Jobs ligava para o CEO do Spotify só para assustá-lo, diz livro

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

25/07/2019 - 13:001 min de leitura

Steve Jobs ligava para o CEO do Spotify só para assustá-lo, diz livro

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Quando o Spotify tentou entrar nos Estados Unidos, em 2010, encontrou dificuldades porque o mercado norte-americano e as gravadoras eram fiéis a um rival: a Apple, que ainda reinava no setor de músicas com o iTunes. Antes de o streaming sueco conseguir chegar ao país, foram alguns meses bem estressantes de negociação, que podem até ter envolvido uma intimidação bem bizarra por parte de Steve Jobs, na época o CEO da Maçã.

Ao menos é isso que afirma o livro chamado "Spotify Untold", que conta a história da origem do serviço de streaming que hoje é um dos maiores do mundo. Logo no começo da obra, os autores Jonas Leijonhufvud e Sven Carlsson contam que Daniel Ek, cofundador e CEO da empresa, jura ter recebido uma série de ligações de Jobs. Sobre o que eles conversavam? Nada, já que do outro lado só se ouvia uma respiração pesada.

Segundo a Variety, a fonte dessa história seria "confiável" e Ek teria contado a história a um amigo, porém as companhias não confirmaram o caso. O fato é que o jovem executivo estava tão ansioso na época que pode ter ficado paranoico com o rival a ponto de se confundir e achar que estava sendo intimidado.

Briga feia

Mas uma coisa é certa e o livro confirma: Jobs foi mesmo um grande opositor da chegada do serviço aos EUA e trabalhou ativamente para evitar a entrada dele em terras norte-americanas. O plano não deu certo e Jobs, que faleceu em outubro de 2011, não chegou a ver a própria empresa lançar o Apple Music, rival ainda mais direto da empresa e que atualmente está na frente em assinantes nos EUA.

Por enquanto o livro só está disponível em sueco, mas deverá fazer barulho quando for lançado internacionalmente. Entre as histórias contadas está a de que o Spotify tentou sem sucesso adquirir os concorrentes Tidal e Soundcloud, além de recursar ofertas tentadoras da Microsoft, da Google e da chinesa Tencent.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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