Trump pressiona para que Apple abra planta no Texas

Por Julia Marinho

04/08/2019 - 10:001 min de leitura

Trump pressiona para que Apple abra planta no Texas

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Imagem de Trump pressiona para que Apple abra planta no Texas no tecmundo

"Faça-os nos EUA. Sem tarifas!”. Com esse tuíte, o presidente norte-americano Donald Trump enterrou as esperanças de a Apple conseguir alívio tarifário para peças fabricadas na China. O objetivo do republicano é fazer com que a empresa abra plantas nos EUA — especificamente, uma fábrica ao sul do estado do Texas.

Com os recentes embates entre EUA e China, o governo americano resolveu aplicar tarifas rígidas sobre importações de produtos chineses – entre eles, componentes eletrônicos. A Apple, então, entrou com um pedido no Escritório do Representante de Comércio dos EUA para que certos tipos de componentes fossem excluídos desse aumento.

As descrições dos componentes corresponderiam às peças do Mac Pro, cuja produção, se os planos não mudarem, será transferida do Texas para Quanta Computer, em Xangai. A conta é simples: é mais barato para a Apple exportar a máquina pronta a partir da China do que transportar os componentes da máquina para montagem nos EUA.

Fabricação do Mac Pro de 2019 vai mudar para a China. (Fonte: Apple/Divulgação)

Último produto "made in USA"

No lançamento do modelo anterior do Mac Pro, em 2013, o diretor-executivo da companhia, Tim Cook, havia anunciado o investimento de US$ 100 milhões na criação de uma linha de produção em Austin, Texas, a pedido do então presidente Barack Obama. A escolhida foi a Flextronics, que recebeu US$ 250 mil anuais em incentivos para montar uma planta, em troca de investimentos de US$ 15 milhões e a criação de 500 empregos.

O computador nem é um dos principais produtos do catálogo da empresa, mas a mudança da produção para a China tem um grande significado: não haverá mais um único produto Apple “Made in the USA”.

A Apple já declarou que a engenharia e o design do novo Mac Pro são 100% americanos – segundo ela, a empresa trabalha com uma rede de nove mil fornecedores de 30 estados americanos, gerando pagamentos no montante de US$ 60 bilhões por ano e dois milhões de empregos.

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