Anatel acaba com taxa de R$ 200 para homologação de importados

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

21/10/2019 - 05:541 min de leitura

Anatel acaba com taxa de R$ 200 para homologação de importados

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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) voltou atrás e acabou com a taxa administrativa de R$ 200 que o consumidor precisava pagar para receber produtos de telecomunicações importados no Brasil. A medida foi implementada em novembro de 2018 e agora está oficialmente encerrada a partir de uma publicação feita nesta segunda-feira (21) no Diário Oficial da União. Na semana passada, o conselho da agência já havia aprovado o novo regulamento.

A medida é um trabalho entre a Anatel e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A taxa necessária para a emissão do certificado de homologação ou certificação era cobrada em produtos como drones, equipamentos radioamadores e celulares importados para uso pessoal — e poderia chegar a R$ 500 se a certificação fosse para fins comerciais.

Quem importava eletrônicos e dependia da entrega dos Correios foi especialmente prejudicado nesse período, já que precisou arcar com a taxa em caso de apreensão da mercadoria pelo sistema de entregar.

E agora?

Apesar do fim da taxa, que é tida como algo que "desburocratiza o processo de avaliação da conformidade", a Anatel garante que vai submeter os equipamentos a testes de padrões técnicos e de uso para que eles sejam aprovados no país. Além disso, vale ressaltar que isso não significa que eletrônicos vão passar tranquilamente pelo país, já que a fiscalização do órgão e da Receita Federal continua em vigor e o bloqueio de celulares piratas também segue.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, adiantou na semana passada em seu perfil no Twitter que a taxa seria extinta como parte de uma série de revogações de ações anteriores do governo.

Já para o presidente da Anatel, Leonardo Euler de Morais, essa “é uma evolução necessária para conferir maior flexibilidade, confiabilidade e celeridade ao processo e, ainda, diminuir barreiras regulatórias e custos transacionais, em linha com as diretrizes de política econômica expedidas pelo Ministério da Economia”.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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