Gigantes da tecnologia querem barrar a compra da ARM pela NVIDIA

Por André Luiz Dias Gonçalves

15/02/2021 - 09:552 min de leitura

Gigantes da tecnologia querem barrar a compra da ARM pela NVIDIA

Fonte :  ARM Community/Reprodução 

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A aquisição da ARM pela NVIDIA, negócio de US$ 40 bilhões anunciado em setembro de 2020 e que ainda precisa ser aprovado por agências regulatórias, fez a Google, a Microsoft e a Qualcomm se unirem em um protesto enviado aos órgãos antitruste dos Estados Unidos, conforme revelou a Bloomberg na última sexta-feira (12).

De acordo com a publicação, as gigantes da tecnologia alegam que a fusão pode prejudicar a concorrência em uma área da indústria considerada vital para seus negócios e por isso procuraram os órgãos reguladores para se opor a ela. Pelo menos uma dessas companhias quer que a transação seja avaliada e cancelada.

Sediada no Reino Unido, a ARM licencia tecnologia primordial como design de chips e códigos de software para todos os concorrentes, em vez de competir com eles. Empresas como Samsung, Apple, Intel, Huawei e Amazon são alguns dos principais clientes atendidos por ela.

A ARM fornece componentes essenciais para diversas empresas de tecnologia.A ARM fornece componentes essenciais para diversas empresas de tecnologia.

Dessa forma, o grupo que lidera os protestos contra a negociação acredita que a NVIDIA poderia limitar o acesso das companhias rivais à tecnologia já utilizada por eles. Outra preocupação é um possível aumento de custos dos componentes fornecidos.

NVIDIA se defende

Em meio às reclamações, a empresa sediada na Califórnia ressalta os planos de “continuar o modelo de licenciamento aberto da ARM e garantir uma relação transparente e colaborativa com os licenciados”. Um porta-voz da companhia disse estar confiante de que os reguladores e os clientes serão convencidos disso durante o processo de revisão da compra.

Vale ressaltar que agências regulatórias dos EUA, China, Reino Unido e União Europeia estão atualmente revisando o negócio. No mercado americano, o órgão responsável por analisar a fusão é a Comissão Federal de Comércio (FTC), cujas mudanças recentes na liderança podem dificultar a aprovação, segundo o veículo.

Ainda não há prazo definido para que seja dada uma resposta por tais órgãos.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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