Elon Musk se refere a ‘foguetes de antimatéria’ em tuíte misterioso

Por Luiz Paulo Charleaux

09/03/2021 - 17:302 min de leitura

Elon Musk se refere a ‘foguetes de antimatéria’ em tuíte misterioso

Fonte :  Slash Gear/Reprodução 

Imagem de Elon Musk se refere a ‘foguetes de antimatéria’ em tuíte misterioso no tecmundo

Estaria a SpaceX trabalhando em um sistema de propulsão com antimatéria? Um tuíte enigmático do CEO Elon Musk levanta a suspeita de que a companhia aeroespacial pode estar analisando essa possibilidade.

Nesta segunda-feira (8), o World of Engineering publicou um post sobre a existência de projetos com foguetes de antimatéria – uma espaçonave alimentada pela substância. Surpreendentemente, Musk respondeu misteriosamente: “Em última análise, sim”.



Hoje, as naves espaciais construídas pela SpaceX são movidas a combustíveis derivados do petróleo como o metano. Por exemplo, o Falcon 9 funciona com querosene altamente refinado conhecido como RP-1.

Entretanto, o tuíte de Elon Musk pode indicar que a companhia está em busca de uma alternativa avançada de combustível. Logo, a antimatéria seria uma das opções para os futuros lançamentos.

Apesar de nunca ter sido produzida em grande escala, físicos acreditam que a antimatéria pode ser um combustível incrivelmente potente. Em 2006, a NASA estimou que apenas alguns miligramas da substância seriam capazes de levar uma espaçonave até Marte.

Mais recentemente, pesquisadores revelaram que a propulsão usando a antimatéria pode se tornar uma realidade nos próximos 10 anos. Então, será que a SpaceX está saindo na frente em pesquisas sobre esse novo combustível?

Físicos do CERN realizaram importantes estudos sobre a antimatéria em 2020.Físicos do CERN realizaram importantes estudos sobre a antimatéria em 2020.

A fabricação de antimatéria no CERN

Em fevereiro de 2020, uma equipe de físicos do CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear) realizou importantes avanços em estudos sobre a antimatéria. Na ocasião, eles conseguiram produzir, capturar e estudar o material por 24 horas.

Os pesquisadores utilizaram os aceleradores de partículas do centro para produzir uma quantidade significativa da substância e mantiveram as partículas “congeladas” por um longo período. Com isso, alguns experimentos foram realizados com o material.

Esse foi um feito extremamente importante, pois normalmente os átomos de antimatéria se movem quase no mesmo nível da velocidade da luz. Assim, eles são capazes de desaparecer em apenas 40 bilionésimos de segundos.

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