Rivais garantem: compra da Oi Móvel não vai concentrar o mercado

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

01/04/2021 - 03:001 min de leitura

Rivais garantem: compra da Oi Móvel não vai concentrar o mercado

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) está analisando a proposta de compra da divisão de telefonia móvel da Oi por um consórcio formado por suas três principais concorrentes: TIM, Claro e Vivo

A negociação foi confirmada em dezembro de 2020 e agora depende da aprovação de órgãos fiscalizadores do setor no Brasil.

O objetivo do Cade é determinar se a aquisição, que envolve a divisão da base de clientes entre o trio, é ou não um ato de concentração de mercado que prejudica o setor.

Tudo certo?

Segundo o Mobiletime, o trio de operadoras afirma que a competição no mercado seguirá como antes, e que a aliança estabelecida para a compra não significa um maior vínculo societário entre elas.

Como argumento, as empresas alegam que a compra foi uma "sobreposição horizontal", que não reduz concorrência em níveis significativos de um mesmo setor e mantém a rivalidade entre si e contra marcas regionais, com menor intensidade de sinal. Ela apresentou dados de outros países para reforçar que a área no Brasil não se encontra concentrada e alegou que cumprirá eventuais fiscalizações realizadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Por fim, as operadoras reforçaram que a Oi de fato precisava vender a divisão móvel para equilibrar as contas depois de um pedido longo de recuperação judicial, permitindo que a base de clientes continue atendida. A decisão do Cade deve sair em um prazo máximo de até oito meses.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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