Elon Musk diz que vai 'em breve para a Lua' e Bitcoin dispara

Com uma valorização de mais de 700% em apenas um ano, o Bitcoin alcançou uma marca que não atingia desde o mês passado – graças a um tweet postado no último sábado (10) por Elon Musk. Após o bilionário afirmar que está "indo em breve para a Lua", a criptomoeda ultrapassou os US$ 60 mil, chegando a US$ 61,2 mil.

Entusiastas de moedas virtuais interpretaram a mensagem como uma referência a uma expressão comumente utilizada nesta área, que indica que os preços vão subir, e geraram uma verdadeira enxurrada de reações ao conteúdo do dono da Tesla, que adquiriu cerca de US$ 1,5 bilhão de bitcoins recentemente e viu seus lucros se multiplicarem desde então (quase 500 mil curtidas e mais de 49 mil compartilhamentos).

De todo modo, na manhã de domingo (11), as coisas já haviam "esfriado" um pouco e a unidade estava cotada a US$ 59,6 mil – comparados aos US$ 58,4 mil vistos na sexta-feira (9).

… going to moon very soon

— Elon Musk (@elonmusk) April 10, 2021

Atenção mundial

Movimento semelhante ocorreu em 4 de fevereiro, dia em que Musk "quebrou" a internet com uma referência à Dogecoin e a valorizou em 81%. Desta vez, Justin d'Anethan, gerente de vendas da empresa de ativos digitais Diginex em Hong Kong, atribui a recuperação a uma atenção maior de investidores depois do episódio de redução de ofertas – que tem atingido recordes devido ao interesse das maiores empresas de Wall Street.

Stripe e PayPal já aceitam a moeda virtual como forma de pagamento – assim como a Tesla. Goldman Sachs, grupo financeiro multinacional, está negociando suas unidades, e BlackRock, maior administradora de ativos do mundo, também está de olho no setor. Aliás, de acordo com um relatório do banco Citi, isso pode desencadear uma "transformação massiva" nas finanças globais, ainda que haja o risco de "implosão".

Mercado de criptomoedas reagiu à postagem do bilionário.

Dentre outras novidades, nesta semana, a Coinbase, maior corretora de moedas digitais dos Estados Unidos, abrirá seu capital, podendo negociar avaliações mais altas do que as da Intercontinental Exchange, dona da Bolsa de Valores de Nova York.