Foxconn e TSMC compram lote com 10 milhões de vacinas para Taiwan

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

13/07/2021 - 03:001 min de leitura

Foxconn e TSMC compram lote com 10 milhões de vacinas para Taiwan

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Duas das maiores empresas de tecnologia de Taiwan, a Foxconn e a TSMC, fizeram um acordo para ajudar a terra natal na atual crise sanitária global. A dupla juntou esforços e anunciou a compra de um lote de 10 milhões de vacinas contra a covid-19, todas para serem aplicadas no país.

A vacina em questão é a da BioNTech/Pfizer e o custo será de US$ 35 por dose. Ao todo, cada companhia deve doar US$ 175 milhões para a causa. Os planos já eram discutidos há algumas semanas, mas só agora foram concretizados. Entretanto, como a demanda é alta em todo o globo, as doses só devem sair das fábricas alemãs a partir do final de setembro. A Shanghai Fosun Pharmaceutical Group será a intermediária no processo.

Essa é a primeira negociação direta de empresas privadas de Taiwan com laboratórios farmacêuticos durante a atual pandemia. A própria TSMC está mais preocupada, já que um surto foi registrado em uma de suas fábricas em Taipei. Todos os funcionários serão testados para evitar o espalhamento da doença.

Conflito

Segundo o governo de Taiwan, a administração da China tentou dificultar a aquisição e interferiu em propostas anteriores de compra de vacinas. Autoridades locais rejeitam a acusação e, desde que as denúncias foram divulgadas, novas supostas tentativas de prejudicar o território não foram registradas.

A situação política entre os dois países é delicada: para Taiwan, a região já fez parte da China, mas agora é um território independente. Só que os chineses ainda consideram o local uma de suas províncias, situação partilhada politicamente por vários aliados.

Além disso, a preocupação de TSMC e Foxconn também é financeira: as duas são algumas das maiores fabricantes de componentes para eletrônicos do mundo, com contratos que envolvem montadoras e gigantes como a Apple. A atual escassez do mercado de chips e a alta demanda por eletrônicos está diretamente ligada à capacidade dessa dupla de produzirem e enviarem carregamentos de semicondutores e aparelhos montados.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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