Intel pode comprar fabricante GlobalFoundries por US$ 30 bilhões

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

16/07/2021 - 03:001 min de leitura

Intel pode comprar fabricante GlobalFoundries por US$ 30 bilhões

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A Intel estaria em negociações para adquirir a companhia de fabricação de semicondutores GlobalFoundries. A informação é do jornal The Wall Street Journal, a partir de fontes anônimas com conhecimento da indústria.

Segundo a reportagem, o valor da aquisição gira em torno de US$ 30 bilhões e frearia o atual plano da GlobalFoundries de fazer uma oferta pública de ações (IPO).

A movimentação seguiria estratégias atuais da Intel, que está em fase de crescimento e recentemente ultrapassou a rival. A ideia é depender cada vez menos de outras fábricas para produzir chips e, caso haja demanda e capacidade, até receber encomendas de outras companhias para manufaturas de processadores. Na atual fase de escassez na indústria, essa pode ser uma forma da gigante se destacar na área.

O que dizem as empresas

A GlobalFoundries disse que não está em negociações com a Intel. Já o grupo acionista que controla a empresa não fez comentários sobre o assunto.

A Intel apenas afirmou ao site The Verge que não comenta especulações, mas não fez qualquer declaração à fonte original da reportagem.

História atribulada

A fabricante de semicondutores GlobalFoundries é atualmente controla pelo fundo de investimentos Advanced Technology Investment, de Abu Dhabi. Entretanto, a trajetória da companhia é ainda mais peculiar — e envolve a maior rival da suposta interessada em sua aquisição.

A GlobalFoundries passou a existir oficialmente em 2009, quando a AMD anunciou que não faria mais a produção própria de semicondutores, apoiando-se em contratos com empresas especializadas do setor. A divisão de manufaturas foi então separada em uma nova empresa, a GlobalFoundries, e a companhia vendeu as ações da subsidiária em 2012. Ou seja, de forma resumida, a Intel pode comprar uma empresa que antes foi parte da AMD.

O acordo de exclusividade entre as partes terminou em maio deste ano — o que só reforça uma possível negociação com outras interessadas.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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