iFixit detona Apple por dificultar reparo de produtos

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

20/07/2021 - 09:301 min de leitura

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O cofundador e CEO iFixit, Kyle Wiens, é mais uma autoridade a criticar a Apple por atitudes da empresa contra o chamado "direito de conserto", ou seja, a popularização de peças, ferramentas e manuais sobre como realizar o reparo e a substituição de componentes em produtos da fabricante.

"A Apple é notória em fazer isso com os processadores dos seus computadores. Tem um chip particular no MacBook Pro que há uma padronização de uma peça, e uma versão da Apple dessa parte que é muito parecida, mas modificada o suficiente para só funcionar naquele computador, e a companhia que faz isso está sob contrato com a Apple", explica Wiens, que falou durante uma audiência virtual sobre o tema.

O executivo ainda contou que a Maçã paga uma empresa de reciclagem para destruir e reaproveitar peças que estão novas em folha, mas sobraram no processo de fabricação — só para que elas não sejam revendidas e utilizadas para reparo por quem não faz parte do sistema da companhia.

Ninguém escapa das críticas

Na fala, o CEO ainda citou que a Microsoft é outra companhia que não se preocupa o bastante com o direito ao reparo: uma das versões do Microsoft Surface, por exemplo, impedia a remoção da bateria com o uso de cola especial. Durante os testes, a equipe de Wiens teve que inutilizar o dispositivo só para fazer uma simples desmontagem.

O iFixit é dos sites mais tradicionais na avaliação de eletrônicos em termos de facilitação na assistência técnica e já acompanhou vários casos similares de proteção. O cofundador da Maçã, Steve Wozniak, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, são algumas das vozes mais recentes a lutarem pelo direito ao reparo de eletrônicos por lojas não autorizadas ou consumidores especializados.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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