Compra da ARM pela Nvidia ainda está longe de ser concluída

Por André Luiz Dias Gonçalves

26/07/2021 - 13:002 min de leitura

Compra da ARM pela Nvidia ainda está longe de ser concluída

Fonte :  Wikimedia Commons 

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Anunciada em setembro de 2020, a compra da ARM pela Nvidia ainda não foi aprovada pelos reguladores anticompetitivos europeus. Conforme aponta o Tom’s Hardware nesta segunda-feira (26), a fabricante de placas de vídeo não enviou todos os documentos sobre a oferta de US$ 40 bilhões para a Comissão Europeia.

Com o atraso na papelada, a análise da fusão só deve iniciar em setembro deste ano, quando as autoridades europeias retornam do recesso de verão. A aprovação do negócio aconteceria apenas em março de 2022, na melhor das hipóteses, se os documentos forem apresentados pela Nvidia logo após as férias dos reguladores.

Mas este cenário não é o mais provável, principalmente em uma transação que desperta tantos interesses e tem as big techs tentando barrá-la. Especialistas ouvidos pela publicação acreditam que as autoridades não cederão às pressões para concluir a análise dentro do prazo mínimo de seis meses.

Liderada por Jensen Huang, a Nvidia atrasou o envio dos documentos para os reguladores.Liderada por Jensen Huang, a Nvidia atrasou o envio dos documentos para os reguladores.

É válido lembrar que, quando a norte-americana Nvidia anunciou a intenção de comprar a britânica ARM, ela disse que a expectativa de conclusão do negócio era de 18 meses, prazo que deve ser encerrado justamente em março do próximo ano. Mas como as autoridades europeias nem iniciaram a revisão da transação, dificilmente o limite será cumprido.

IPO pode ser alternativa

Ainda sem receber aprovação da Comissão Europeia e também dos reguladores dos Estados Unidos, Reino Unido, China e Japão para a sua venda, a ARM estaria pensando em outra solução. Segundo o The Telegraph, a direção da companhia pode listar as ações da marca para uma oferta pública inicial (IPO).

Fontes ouvidas pelo jornal afirmam que a venda das ações da fabricante de processadores seria feita em Nova York (EUA), se a compra não for aprovada. Porém, a alternativa não é bem vista pelas empresas, pois elas apostam nos benefícios que a fusão traria para ambas.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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