Bitcoin: traficante sai da cadeia milionário na Suécia

Por André Luiz Dias Gonçalves

24/08/2021 - 14:301 min de leitura

Bitcoin: traficante sai da cadeia milionário na Suécia

Fonte :  Pixabay 

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Um homem que teve 36 bitcoins confiscados em 2019, após ser condenado por tráfico de drogas na Suécia, conseguiu receber 33 bitcoins de volta, o equivalente a US$ 1,6 milhão (ou R$ 8,4 milhões pela cotação de hoje). De acordo com o The Telegraph, um erro cometido pela promotora do caso causará o desfalque nos cofres públicos.

Quando condenado, há 2 anos, o traficante não identificado teve o dinheiro da venda de drogas pela internet apreendido. Na época, os 36 bitcoins em sua posse equivaliam a US$ 137 mil, que foi o valor determinado pela promotora Tove Kullberg a ser confiscado.

Porém, a cotação do bitcoin disparou enquanto a Autoridade de Execução da Suécia organizava o leilão da criptomoeda. No momento em que o órgão realizou o certame, foi necessário vender apenas 3 bitcoins para cobrir a quantia registrada como lucro do tráfico no momento da prisão.

O julgamento foi o primeiro envolvendo criptomoedas na Suécia.O julgamento foi o primeiro envolvendo criptomoedas na Suécia.

O governo sueco estava pronto para vender o restante do valor apreendido após a oferta inicial, mas o condenado recorreu à justiça, afirmando que o Estado tinha direito somente aos 3 bitcoins leiloados, e ganhou a ação, tendo direito a receber o saldo restante apesar da origem ilícita.

Lição aprendida

A promotora assumiu o erro durante entrevista a uma emissora de rádio sueca, dizendo que o caso foi o primeiro do país envolvendo criptomoedas, por isso não havia precedentes legais a examinar. “Isso levou a consequências que não pude prever na época”, justificou Kullberg.

De acordo com ela, as autoridades precisam melhorar o conhecimento em relação às moedas digitais, pois elas estão cada vez mais sendo usadas em ações criminosas. “Quanto mais aumentamos o nível de conhecimento dentro da organização, menos erros cometemos”, explicou.

Ela finalizou dizendo que o correto seria manter o valor do lucro do crime em bitcoins em vez de realizar a conversão para a moeda corrente.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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