iFood anuncia aumento de 50% para entregadores de todo o Brasil

Por Carlos Palmeira

18/03/2022 - 07:062 min de leitura

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O iFood anunciou, nesta sexta-feira (18), que aumentará em 50% o valor mínimo por km rodado para os entregadores, que saltou de R$ 1 para R$ 1,50. Além disso, a rota mínima, que é o valor mínimo pago aos entregadores em uma entrega, passou de R$ 5,31 para R$ 6.

De acordo com a empresa, os novos preços entram em vigor a partir de 2 de abril e beneficiarão os entregadores ativos do aplicativo em todo o Brasil e de todos os modais. A companhia disse que os reajustes vão impactar 50% das rotas que atualmente são feitas de moto e 70% das entregas realizadas com bicicletas.

Claudia Storch, diretora de operações do iFood, disse que a atualização na política de preços é uma forma de “valorizar o trabalho dos nossos parceiros”. Ela defendeu que os novos valores são condizentes com o que as entidades representativas dos trabalhadores estavam considerando ideal.

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“[Os reajustes] foram as principais demandas que ouvimos dos entregadores por meio de pesquisas, da escuta e no 1º Fórum de Entregadores do Brasil, que realizamos em dezembro de 2021 com as lideranças da categoria. Por essas formas de escuta, e acompanhando o cenário macroeconômico, entendemos que aumentar os ganhos era a preocupação número um entre eles”, pontuou.

Storch afirmou que aumentar os ganhos dos parceiros do app era urgente principalmente por causa de fatores como a inflação e do último aumento dos combustíveis. Ela explicou que os valores serão avaliados periodicamente para verificar se será preciso novos reajustes.

“Com o aumento, os entregadores que trabalham 169 horas mensais vão passar a ganhar R$ 3.020 brutos por mês, mais do que 89% da população brasileira. Nesse caso, o ganho médio líquido por hora logada passa a ser 2,5 vezes superior ao do salário-mínimo e fica 33% acima do teto dos motofretistas”, exemplificou.

Diminuição nos lucros

A diretora de operações do iFood acrescentou, em entrevista ao Tilt, que não haverá aumento nas taxas pagas pelos clientes e nem pelos estabelecimentos. Além disso, a executiva pontuou que a viabilidade financeira do reajuste se deu porque a plataforma reavaliou os próprios custos internos e deve ter uma diminuição nos lucros.

Nos próximos 12 meses, a marca de delivery prometeu que vai repassar mais de R$ 3,2 bilhões aos parceiros entregadores.


Por Carlos Palmeira

Especialista em Redator

Paulistano, corintiano e pedestre desde 1993. Jornalista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso, escrevo sobre games, tecnologia, ciência e cultura pop. Fã de Red Hot Chili Peppers e apaixonado por maracujá, pão de queijo e rap.


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