iFood é acusada de plagiar bilhete em mochila de motoboy

Por Giovanna Fantinato

17/06/2022 - 07:302 min de leitura

iFood é acusada de plagiar bilhete em mochila de motoboy

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Imagem de iFood é acusada de plagiar bilhete em mochila de motoboy no tecmundo

Em julho de 2020, um 'recado' deixado na bag de um motoboy viralizou nas redes sociais. Melissa, uma garotinha de oito anos escreveu na bolsa de entregas do pai, Bruno Mahler Schneberger, o seguinte aviso: "Motorista, cuidado com o meu papai. Eu amo ele mil milhões. Ass: Lagartixa."

O post 'fofo' teve grande repercussão na internet na época, mas agora voltou à tona por outro motivo. Isso porque o motoboy Bruno acusa o iFood de plagiar o recado da filha em uma publicidade da empresa. Em um vídeo promocional da companhia, um entregador do iFood aparece com um aviso em suas costas "Cuidado com meu papai, motorista!".

Bruno afirma, inclusive, que vários amigos o parabenizaram imaginando que ele havia sido contratado pela empresa de entrega. "O iFood não obteve nenhuma autorização para reprodução do desenho. A empresa se beneficiou de toda a história, sem ao menos reconhecer a verdadeira autoria da ideia, sem dar o devido crédito pela criação e divulgação da imagem", disse.

No processo, Bruno exigiu uma indenização de R$ 100 mil por danos morais, que foi negada em primeira e segunda instância pela Justiça.

"Apesar de a campanha publicitária criada ter se inspirado no desenho da garota, esse desenho não possui a originalidade necessária para ser considerado como uma criação artística. [...] Trata-se de mensagem comumente inserida nas mochilas por entregadores de motocicleta, não possuindo a criatividade necessária ao reconhecimento de obra artística", afirmou Ademr de Souza, relator do processo.

Resposta do iFood

Em sua defesa, a empresa afirmou que não houve plágio, considerando que as palavras usadas na publicidade eram de uso comum e que o bilhete não se trata de uma obra literária. Além disso, o iFood ressaltou que a prática não é novidade entre motoboys.

"Não há ineditismo, não há uma criação genuína. Há uma semelhança do bilhete, o qual retrata uma prática comum entre os motoboys que realizam entregas."


Por Giovanna Fantinato

Especialista em Redator


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