Tesouro Direto: saiba quanto rende o título do governo

Por Aléxis Cerqueira Góis

06/08/2022 - 05:303 min de leitura

Tesouro Direto: saiba quanto rende o título do governo

Fonte :  Tesouro Direto/Reprodução 

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O Tesouro Direto é um título de renda fixa lastreado pela dívida pública do governo federal, que, diferentemente de ações ou criptomoedasé mais seguro e confiável, em especial para investidores iniciantes. 

No entanto, a remuneração pode variar de acordo com as características de cada título, além de índice econômico, como a inflação e a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).

Sentiu interesse? Então continue a leitura e aprenda como funciona o rendimento desse tipo de investimento.

Como funciona o rendimento do Tesouro Direto?

(Fonte: Pixabay/Tumisu/Reprodução)(Fonte: Pixabay/Tumisu/Reprodução)

O rendimento do Tesouro Direto é oferecido anualmente de acordo com o tipo de título, que pode ser prefixado, pós-fixado ou híbrido.

Os papéis com remuneração fixa conhecida no momento da aplicação são chamados de tesouro prefixado. Esse título apresenta taxas de juros de cerca de 13% ao ano, independentemente dos índices econômicos.

O tesouro Selic é um título pós-fixado vinculado à taxa básica de juros da economia, definida a cada 45 dias pelo Banco Central, acrescida de um pequeno rendimento fixo. Atualmente, a remuneração é de 13,25% ao ano.

A modalidade híbrida, conhecida como tesouro IPCA+, oferece rendimento de acordo com a inflação oficial do governo federal somada a uma taxa de, pelo menos, 6,25% ao ano, o que garante ao investidor uma rentabilidade real positiva.

Quais são os custos e as taxas envolvidas?

Além do rendimento de cada opção de título do Tesouro Direto, o investidor deve ficar atento às taxas e aos impostos cobrados sobre a aplicação, uma vez que têm impacto direto sobre o valor resgatado. O desconto é realizado pela instituição financeira de forma automática no vencimento ou no resgate.

Conheça os principais impostos e taxas a seguir.

  • Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): cobrado apenas sobre os rendimentos de aplicações que são resgatadas com menos de 30 dias e varia entre 96%, no primeiro, dia e 3%, no 29º dia.
  • Imposto de Renda (IR): a alíquota de tributação segue a tabela regressiva do IR, com desconto sobre os rendimentos entre 22,5%, para investimentos com 180 dias ou menos, chegando a 15% em aplicações com prazo superior a 721 dias.
  • Taxa de custódia: uma tarifa de 0,20% ao ano sobre o montante investido é cobrada pela Bolsa de Valores brasileira (B3) para manter seguro o papel.
  • Taxa de administração: algumas instituições financeiras podem cobrar um valor variável para administrar o investimento, embora a maioria isente o investidor dessa taxa.

Afinal, como calcular o valor do Tesouro Direto?

(Fonte: Tesouro Direto/Reprodução)(Fonte: Tesouro Direto/Reprodução)

O Tesouro Nacional oferece um simulador que é capaz de projetar o valor das aplicações nos títulos de dívida pública do governo federal, com diferentes prazos e valores de aporte. As simulações são baseadas em projeções econômicas e não garantem resultados futuros.

Como os papéis podem ser negociados no mercado secundário antes do prazo, os preços podem variar bastante, por isso podem estar abaixo ou acima do valor inicial aplicado. A valorização dos títulos do Tesouro Direto segue o cenário financeiro do país.

No início da simulação, é importante definir qual é o objetivo com a aplicação, como aposentadoria, aquisição da casa própria e reserva de emergência. Isso ajuda a escolher o prazo da aplicação e o tipo de rentabilidade desejada.

A remuneração pode ser no vencimento ou de forma semestral, com aplicação única ou investimentos mensais. A simulação pode ser feita pelo valor total a ser resgatado ou pelo dinheiro inicial disponível para aporte.

Após informar todos os dados, o simulador apresenta opções de títulos nos quais investir. Por fim, mostra a data de resgate, o valor final, o aporte inicial, as aplicações mensais, o resultado bruto, o IR, a taxa de custódia e o recurso líquido disponível, além de projeções comparativas com outras opções de investimento.

Quanto rende R$ 1 mil no Tesouro Direto?

A renda das aplicações do Tesouro Direto depende basicamente do tipo de papel e do prazo de vencimento. Para ilustrar a remuneração que o investidor pode receber, fizemos algumas projeções de rendimento anual entre agosto de 2022 e agosto de 2023, sem considerar a taxa de administração. Confira a seguir.

  • Tesouro Selic 2024: valor bruto de R$ 1.133,74 com rentabilidade de 13,21% ao ano. Após descontos de taxas e de impostos, o resultado líquido é de R$ 1.110,34 com rentabilidade líquida de 10,86% a.a.
  • Tesouro prefixado 2025: valor bruto de R$ 1.131,74 com rentabilidade de 13% ao ano. Com as taxas e o IR, o investidor receberá R$ 1.106,57, o que significa rentabilidade líquida de 10,48% a.a.
  • Tesouro IPCA+ 2024: valor bruto de R$ 1.189,40, considerando projeção de taxa de inflação acumulada de 12% ao ano e rentabilidade bruta de 18,79% a.a. Após descontos de impostos e taxas, o valor final fica em R$ 1.154,08, com rentabilidade líquida de 15,24%.

Vale a pena investir no Tesouro Direto?

O Tesouro Direto, por ser um título seguro e confiável, deve fazer parte de qualquer carteira de investimento. Os valores a serem investidos dependem dos objetivos e do perfil do investidor. 

Para começar a investir, é recomendável fazer um curso introdutório sobre o mercado financeiro, que é oferecido gratuitamente pela B3.

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