Japão declara guerra aos disquetes em repartições públicas

Por JORGE MARIN

02/09/2022 - 05:001 min de leitura

Japão declara guerra aos disquetes em repartições públicas

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O Japão deu início nesta semana a uma guerra contra um inimigo de mais de 50 anos: os disquetes de armazenamento de dados, além de outras formas obsoletas de mídia. Após tomar posse no início de agosto, o Ministro de Assuntos Digitais do país, Taro Kano, quer mudar cerca de 1,9 mil tipos de procedimentos e formulários que ainda demandam os disquinhos flexíveis.

Anunciada em uma conferência de imprensa realizada na terça-feira (30), segundo a Bloomberg, a medida tem como objetivo modernizar os procedimentos burocráticos, movendo o processo de envio de informações diretamente para a internet e aposentando também o fax, outro “desafeto” de Kano.

De acordo com a apresentação de uma força-tarefa digital do governo, liderada pelo ministro, alguns obstáculos legais têm impedido a implantação de tecnologias modernas, como o armazenamento de dados em nuvem. A missão do grupo é rever essas situações e anunciar correções concretas até o final deste ano.

"Onde compro um disquete?"

Um dos políticos com maior visibilidade do Partido Liberal Japonês, Kono tem apregoado seu desejo de modernizar a tecnologia no governo do Japão desde a época em que foi ministro da Reforma Administrativa, entre 2020 e 2021

Na época, seus alvos eram, além da máquina de fax, o hanko, um carimbo vermelho que funciona como uma espécie de selo para autenticar documentos oficiais, como certidões de casamento por exemplo. O ministro perdeu a "batalha" contra os dois.

Depois que a IBM introduziu a tecnologia em 1971, os disquetes de 3,5 polegadas foram aperfeiçoados para uma capacidade de 1,44 megabytes justamente pela japonesa Sony, doze anos depois. No entanto, a gigante de Minato já não fabrica esses dispositivos removíveis desde 2011.  "Onde compro um disquete desses hoje em dia?", perguntou Taro aos jornalistas.


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


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