Intel planeja demissão em massa devido à queda do mercado de PCs

Por Luiz Paulo Charleaux

13/10/2022 - 04:002 min de leitura

Intel planeja demissão em massa devido à queda do mercado de PCs

Fonte :  Microsoft/Divulgação 

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A Intel pode realizar um grande corte no quadro de funcionários devido à desaceleração do mercado de computadores. Conforme as informações da Bloomberg, milhares de colaboradores devem ser desligados da empresa ainda em outubro.

Supostamente, as divisões de venda e marketing seriam as mais afetadas pela demissão em massa. Fontes sugerem cortes de cerca de 20% dos times.

Intel teve queda na demanda por chips para PCs, principal fonte de lucros.Intel teve queda na demanda por chips para PCs, principal fonte de lucros.

A Intel lida com a acentuada baixa na demanda por chips para PCs, principal fonte de receita da marca. Enquanto tenta recuperar a reputação de “lenda do Vale do Silício", a fabricante tem disputado espaço com outras grandes empresas, como a AMD.

Para o 3º trimestre de 2022, analistas preveem uma queda de cerca de 15% na receita. Além disso, as margens de lucro da fabricante encolheram aproximadamente 15% comparadas com números históricos próximos de 60%.

Ao divulgar os resultados financeiros do 2º trimestre de 2022, a Intel indicou possíveis mudanças para melhorar os lucros. Na época, o CEO Pat Gelsinger disse que reduziria as despesas principais e tomaria ações adicionais durante o 2º semestre.

Na última terça-feira (11), o executivo enviou um memorando aos funcionários sobre o plano de criar um modelo interno de fundição para atender clientes externos. Embora produza majoritariamente chips próprios, a marca norte-americana pode se inspirar na taiwanesa TSMC e passar a produzir componentes para outras companhias.

Consumidores diminuíram a compra de novos computadores após voltar aos escritórios.Consumidores diminuíram a compra de novos computadores após voltar aos escritórios.

Causas externas

Alguns fatores influenciam na desaceleração do mercado de PCs. A alta inflação em vários países e a reabertura dos escritórios fez com que o público investisse menos em novos PCs comparado ao início da pandemia de COVID-19.

Para mais, as marcas de chips sofrem com as restrições do COVID-19 em fábricas na China e o conflito na Ucrânia. Tudo isso vem causando problemas na cadeia de suprimentos e afetando a demanda por componentes.

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