CEO do Uber trabalha como motorista para entender problemas do app
11/04/2023 - 05:00•2 min de leitura
Fonte : GettyImages
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A vida de motorista de aplicativo não é fácil, e o CEO do Uber sentiu isso na pele. Há cinco anos no cargo da empresa, Dara Khosrowshahi viu uma queda na mão de obra dois anos depois da pandemia da Covid-19. Para entender o motivo, ele decidiu dirigir pelo app.
O CEO adotou o pseudônimo Dave K e comprou um Tesla Model Y usado para rodar em São Francisco, em setembro de 2022. O "acúmulo de função" de Khosrowshaki não aconteceu antes por não haver necessidade. A iniciativa chamada Projeto Bumerangue (Project Boomerang) busca trazer motoristas de volta.
O primeiro problema enfrentado por "Dave" foi se inscrever na plataforma. O CEO viu como o aplicativo do Uber pode ser frustrante para motoristas, com uma navegação difícil. A interface complicada também o fez sentir dificuldades para trocar de tarifa e ele ainda foi punido por rejeitar viagens.
Mesmo recebendo boas avaliações da maioria dos passageiros Khosrowshahi se viu ainda aterrorizado pelas classificações mais baixas. Isso o deixou nervoso, prejudicando inclusive as noites antes dos dias em que ia dirigir pelo aplicativo.
Durante a experiência, o CEO do Uber viu de perto a desumanização dos motoristas do aplicativo de caronas.
Apenas um passageiro reconheceu o CEO do Uber. A maioria discutia problemas pessoais ou informações sigilosas de trabalho dentro do carro. Isso fez o novo motorista se sentir desrespeitado, como se não estivesse no veículo.
Além de levar as pessoas no período como profissional do volante, Dara Khosrowshahi também entregou comida em uma bicicleta elétrica. Ele viu pessoalmente o que chamou de "isca de gorjeta", quando o usuário oferece mais dinheiro e paga menos na entrega.
“Acho que a indústria como um todo, até certo ponto, não dá valor aos motoristas”, avaliou o CEO do Uber em entrevista após a experiência. Resta agora aguardar se o executivo vai implementar melhorias com base em sua vivência na plataforma.
