Drex: Banco Central anuncia nome da moeda digital brasileira, o 'Real Digital'

Por André Luiz Dias Gonçalves

07/08/2023 - 11:152 min de leitura

Drex: Banco Central anuncia nome da moeda digital brasileira, o 'Real Digital'

Fonte :  Flickr/Banco Central 

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O Banco Central (BC) anunciou nesta segunda-feira (7) o nome da primeira moeda digital brasileira oficial, que deve estar disponível para o público até o fim de 2024. A tecnologia vai se chamar Drex, sigla que abrevia a expressão “Digital Real X”.

Conhecida inicialmente como Real Digital, a solução funciona como uma extensão da moeda física, com a qual poderá ser trocada. As duas versões terão os mesmos valores, ou seja, 1 Drex equivalerá a R$ 1 em cédula, porém o dinheiro virtual não oferecerá rendimento automático.

De acordo com a autoridade monetária, a tecnologia “propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores”. A novidade permitirá transferências de forma imediata, assim como acontece com o Pix.

Nova marca da moeda digital oficial do Brasil.Nova marca da moeda digital oficial do Brasil.

O acesso ao Drex acontecerá por meio de carteiras virtuais chanceladas pelo BC e disponibilizadas pelos bancos e as demais instituições financeiras. A expectativa da entidade é que a moeda digital oficial do Brasil reduza os custos das operações bancárias, facilitando também a assinatura virtual de contratos.

Quais as diferenças entre Drex e Bitcoin?

Vale destacar que o Drex não é um criptoativo, como o Bitcoin e o Ethereum. O real digital é incluído na categoria chamada Central Bank Digital Currency (CBDC), ou Moeda Digital de Banco Central em tradução livre, que está sendo desenvolvida por dezenas de países.

O Drex é uma representação virtual da moeda física brasileira, emitida exclusivamente pelo BC e sem qualquer variação de preço. Enquanto isso, as criptomoedas convencionais não possuem lastro em moedas nacionais e funcionam como ações cujo valor depende da oferta e da demanda, podendo apresentar valorização ou queda.

Utilizando o mesmo sistema blockchain dos criptoativos, o “primo do Pix”, como o real digital é tratado internamente na entidade, promete trazer diversas vantagens, além da maior segurança nas transações. Uma delas é a possibilidade de o governo transferir dinheiro para o cidadão sem a intermediação dos bancos, em alguns casos.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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