Drex: Nubank anuncia início dos testes práticos com o 'Real Digital'

Por André Luiz Dias Gonçalves

18/08/2023 - 11:302 min de leitura

Drex: Nubank anuncia início dos testes práticos com o 'Real Digital'

Fonte :  Flickr/Banco Central 

Imagem de Drex: Nubank anuncia início dos testes práticos com o 'Real Digital' no tecmundo

O Nubank confirmou nesta sexta-feira (18) que vai participar do projeto piloto do Drex, anteriormente conhecido como “Real Digital”. A moeda digital oficial do Brasil, emitida pelo Banco Central (BC), deve estar disponível para todos até o final de 2024, conforme as previsões da entidade.

A participação da fintech nos testes da versão digital do real foi viabilizada a partir da conexão da infraestrutura da instituição financeira à rede blockchain do Drex. O sistema utiliza a tecnologia Hyperledger Besu, que foi a escolhida pela autoridade monetária para as transações.

Com a integração do seu nó tecnológico à rede do BC, o banco digital pode começar os testes práticos utilizando a nova moeda. A ideia é simular transações utilizando diferentes ativos financeiros tokenizados inseridos no piloto, além de auxiliar na criação de soluções para melhorar a segurança e a privacidade da rede.

A moeda digital oficial terá lastro do Banco Central.A moeda digital oficial terá lastro do Banco Central.

De acordo com o líder de operações do Nubank Cripto, Thomaz Fortes, a tecnologia trará uma série de benefícios e inovações. “O Nubank é um entusiasta da tecnologia blockchain e acreditamos que o sucesso do Drex tem o enorme potencial de tornar as operações financeiras dos nossos clientes mais simples, seguras e eficientes”, disse, em comunicado.

Clientes não participarão

O Nubank faz parte de um grupo de 16 instituições financeiras selecionadas pelo BC para os testes do Drex. Neste primeiro momento, a infraestrutura da tecnologia será avaliada com o uso da moeda digital dos bancos em diferentes operações entre as empresas participantes.

Na sequência, será a vez de usar a moeda digital oficial, a mesma que estará disponível para o público em geral, em uma versão tokenizada. Por último, os testes incluirão a utilização de títulos públicos federais, possibilitando entender, na prática, como funciona a segurança da tecnologia e as vantagens que ela traz.

É importante ressaltar que, durante o período de testes, os clientes da fintech não terão acesso à tecnologia nem serão impactados por ela, pois a avaliação inclui apenas as instituições e o BC. O Drex deve ser liberado para todos até o final do ano que vem.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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