Google já gastou quase 3 bilhões de dólares com demissões desde 2023, segundo relatório
Por Nilton Cesar Monastier Kleina
31/01/2024 - 05:45•2 min de leitura
Fonte : GettyImages
Imagem de Google já gastou quase 3 bilhões de dólares com demissões desde 2023, segundo relatório no tecmundo
A Alphabet, empresa dona da Google, já desembolsou uma quantidade considerável de dinheiro para dispensar funcionários. A própria empresa revelou os valores por trás das últimas demissões em massa por meio do seu relatório financeiro mais recente, que leva em conta o último trimestre de 2023.
De acordo com os dados oficiais da Alphabet analisados pelo The Verge, a companhia já gastou US$ 2,1 bilhões com a demissão de mais de 12 mil pessoas ao longo de 2023. Além disso, as recentes dispensas feitas no primeiro mês deste ano custaram mais US$ 700 milhões dos cofres da companhia.
Essa verba é direcionada para o pagamento de pacotes de indenização, rescisões contratuais e garantias temporárias para os funcionários demitidos.
Além disso, o fechamento de escritórios ao redor do mundo envolveu gastos de US$ 1,8 bilhão em 2023. A ideia dessas ações é economizar a longo prazo, mas existe um custo momentâneo com o processo de mudança e eventuais pagamentos aos donos do imóvel, por exemplo.
Google deve continuar demissões em 2024
A Google anunciou duas rodadas de demissão nas últimas semanas. Na primeira delas, foram afetadas as equipes de hardware e Assistente, com centenas de funcionários dispensados.
A divisão de dispositivos da Google sofreu com demissões já em 2024.
O segundo corte ocorreu na semana seguinte e foi no time de anúncios e publicidade do buscador, uma das maiores fontes de receita da companhia. Sundar Pichai, gerente executivo da empresa, já indicou que outros cortes devem acontecer nos próximos meses.
Apesar dos gastos e da reestruturação em andamento, a Alphabet terminou o último trimestre de 2023 com uma receita de US$ 86 bilhões, um valor 13% acima do mesmo período do ano anterior.
Os segmentos mais rentáveis para a marca são de anúncios no mecanismo de busca e em serviços de armazenamento na nuvem. Além disso, a Google planeja ampliar os ganhos com o setor de inteligência artificial (IA), em especial após a revelação dos modelos de linguagem Gemini.
Por Nilton Cesar Monastier Kleina
Especialista em Analista
Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.