Dona do Tinder é processada por 'viciar e explorar usuários financeiramente'

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

15/02/2024 - 06:172 min de leitura

Dona do Tinder é processada por 'viciar e explorar usuários financeiramente'

Fonte :  GettyImages 

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O Match Group, conglomerado responsável por vários apps de namoro populares como Tinder, OkCupid e Hinge virou alvo de processo nos Estados Unidos. A ação judicial alega que a companhia prejudica os usuários dessas plataformas e lucra em cima de promessas envolvendo relacionamentos.

A ação coletiva foi movida por seis pessoas de regiões diferentes do país e reclama das ações da dona dos serviços. 

O texto traz acusações de que a companhia faz promessas sobre conseguir um par ao usuário, ao mesmo tempo em que deixa viciado em um sistema gamificado e montado por algoritmos.

Os advogados responsáveis pela acusação pedem uma compensação em dinheiro em nome dos usuários, que já teriam gasto muito nos serviços pagos dos apps. Além disso, o processo solicita o lançamento de uma campanha publicitária do Match Group sobre "a natureza viciante" dos apps de namoro.

O que diz o processo contra o Tinder

De acordo com o texto da ação judicial, os apps de namoro da companhia têm "funções de design viciantes e baseadas em games" que "prendem o usuário em um ciclo infinito de pagar para jogar" que prioriza o lucro acima das promessas de marketing.

O processo diz que apps de namoro colocam o lucro acima do propósito de formar casais.O processo diz que apps de namoro colocam o lucro acima do propósito de formar casais.

Além disso, os apps são acusados de praticamente forçar a compra de recursos pagos ao dar benefícios muito vantajosos a esses usuários.

"Assim como pombos podem ser condicionados a bicar em períodos determinados, usuários podem ser condicionados a deslizar a tela sem parar", diz o processo, que cita ainda a alta taxa de ghosting e falhas na conquista de uma pessoa por meio da plataforma.

Em nota ao site NPR, um porta-voz do Match Group chamou a ação de "ridículo e sem nenhum mérito". 

O comunicado diz ainda que o modelo de negócios da empresa não se baseia em publicidade ou métricas de engajamento, mas "ativamente colocar as pessoas em encontros todos os dias e fora dos aplicativos". Por enquanto, não há uma data especificada para que o caso seja analisado no tribunal.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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