Treinamento do Gemini faz emissão de poluentes do Google disparar

Por André Luiz Dias Gonçalves

03/07/2024 - 03:002 min de leitura

Treinamento do Gemini faz emissão de poluentes do Google disparar

Fonte :  Getty Images/Reprodução 

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As emissões de gases de efeito estufa do Google aumentaram, dificultando alcançar as metas climáticas da gigante da tecnologia, conforme o Relatório Ambiental de 2024 da empresa divulgado na terça-feira (2). Os gastos energéticos com o treinamento das ferramentas de inteligência artificial são o principal fator motivador.

Segundo a companhia de Mountain View, suas emissões totais aumentaram 48% desde 2019. Considerando apenas 2023, foram produzidas 14,3 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, o equivalente à quantidade de CO2 liberada por 38 usinas de energia durante um ano, 13% a mais que em 2022.

Os investimentos no Gemini podem atrapalhar as metas de emissão zero do Google.Os investimentos no Gemini podem atrapalhar as metas de emissão zero do Google.

O salto na demanda energética foi proporcionado principalmente pelo uso de data centers, que adicionaram em torno de 1 milhão de toneladas de poluição aos números da big tech no ano passado em meio aos avanços do Gemini. O Google também destaca as emissões da cadeia de suprimentos.

“À medida que integramos ainda mais a IA em nossos produtos, reduzir as emissões pode ser desafiador devido às crescentes demandas de energia da maior intensidade da computação de IA e às emissões associadas aos aumentos esperados em nosso investimento em infraestrutura técnica”, explica o relatório.

Minimizando os impactos ambientais da IA

O Google tem planos de zerar as emissões líquidas em suas operações até 2030. Para tentar manter essa meta, a responsável pelo Gemini afirma que tomará medidas para reduzir os impactos ambientais causados pela tecnologia, incluindo tornar os data centers, modelos de IA e hardware mais eficientes em termos de energia.

Desafio semelhante será enfrentado por outras empresas, uma vez que os centros de processamento de dados usam 1% da energia gerada globalmente, no momento, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). A expectativa é que esse consumo aumente 10 vezes em 2026 por causa das ferramentas de IA.

A Microsoft, por exemplo, viu suas emissões de gases de efeito estufa crescer 30% em 2023 na comparação com 2020, dificultando manter suas metas climáticas. A companhia também tem investido pesado em recursos de IA para os seus produtos.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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