Pix dispara e pagamentos crescem 61% no primeiro semestre de 2024

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

20/09/2024 - 17:452 min de leitura

Pix dispara e pagamentos crescem 61% no primeiro semestre de 2024

Fonte : Febraban

As transações em território brasileiro com o Pix ultrapassaram todas as demais e cresceram 61% em relação ao mesmo período do ano passado. A informação é da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e tem dados oficiais do Banco Central.

Segundo os dados, foram 29 bilhões de transações feitas com o Pix entre os seis primeiros meses de 2024. O número é maior do que a soma de todos os outros formatos de pagamento avaliados — cheques, TED, boleto bancário, cartão de débito ou crédito e pré-pagos.

O Pix só não é o primeiro do ranking quando a avaliação envolve os valores totais movimentados. Neste caso, o TED segue como o formato favorito do brasileiro para grandes volumes — foram R$ 20 trilhões por esse formato de transferência, enquanto o Pix somou R$ 12 trilhões e é o segundo colocado disparado.

O volume de transações no país no primeiro semestre de 2023 e 2024.
O volume de transações no país no primeiro semestre de 2023 e 2024.

Ainda no caso do Pix, ele teve um tíquete médio de R$ 410 e já é uma alternativa consolidada tanto para pagamentos do dia a dia quanto grandes compras no comércio físico ou digital.

Outras formas de pagamento

A alta do Pix não foi o único dado curioso divulgado pelo gráfico de quantidade de transações no semestre anterior. É notável a queda na popularização dos cheques (que caiu 35,6% no período) e também no próprio TED (com 9,1% de operações a menos que em 2023).

As transações médias de boleto bancário seguem estáveis como uma alternativa ainda válida para pagamentos no Brasil, embora já menos populares, enquanto as transferências no crédito e débito subiram. O formato com maior crescimento foi o de cartões pré-pagos, com uma alta de 22%.

O período foi considerado histórico para o sistema bancário brasileiro: em janeiro de 2024, o Documento de Ordem de Crédito (DOC) oficialmente deixou de ser oferecido por instituições por já ser considerado redundante em um cenário do Pix tão consolidado.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


Veja também


Fontes

Tags