Top 10: Black is Beautiful

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20/11/2009 - 14:436 min de leitura

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No dia 20 de Novembro comemora-se no Brasil o Dia da Consciência Negra, e o Minha série não poderia ficar de fora. Enquanto sites especializados em cultura pop nacionais homenageiam a trajetória dos personagens negros nas novelas, nós decidimos listar nossos 10 personagens afro-americanos favoritos em séries dos Estados Unidos. E é claro que queremos ver nossa lista crescer: sabemos que muita gente importante ficou de fora, por isso, pedimos a sua colaboração. Caso algum personagem que você acha que deveria estar na lista tenha ficado de fora, não pense duas vezes antes de deixar um comentário!

Os personagens para nosso Top 10 foram escolhidos por serem símbolos da transformação pela qual passou a TV norte-americana dos anos 1950 até aqui. Se naquela década as duas séries protagonizadas por negros – The Beulah Show e Amos’n’Andy – retratavam empregados domésticos, pobres, desastrados e intelectualmente limitados, hoje temos vemos atrizes e atores negros desempenhando papeis de destaque em séries do horário nobre – temos desde médicos respeitados e empresários bem-sucedidos até um presidente! Confira!


10. Tyra Banks, de America’s Next Top Model


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Por aqui, ela é conhecida como a cabeça do reality show America’s Next Top Model. Mas a carreira de Tyra na TV começou bem antes – mais especificamente em 1993, quando fez sua primeira (de inúmeras) participações especiais em Um Maluco no Pedaço como Jackie, uma velha amiga de Will.

Já nessa época ela era uma modelo de sucesso, requisitada em todas as partes do mundo – imaginem que em sua primeira temporada em Paris ela participou de 25 desfiles, batendo o recorde dos anos 1990. E não pára por aí: Tyra foi a primeira negra a figurar na capa da GQ e da Sports Illustrated. Em 1997, ela se tornou a primeira afro-americana a participar do catálogo da mais famosa marca de lingerie do mundo, a Victoria’s Secret.

E ela não se acomodou: formada em Produção para TV, Tyra é a apresentadora, jurada e produtora executiva de America’s Next Top Model, apresentadora do talk show The Tyra Banks Show (que já ganhou vários prêmios Emmy) e a criadora do reality show Stylista. Ufa! Que moça ativa! Décimo lugar para ela!


9. Warrick Brown, de CSI


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Ele cresceu em Las Vegas, em uma vizinhança pouco segura, nunca conheceu o pai e perdeu a mãe quando era criança. Pobre, órfão e negro, ele tinha tudo para dar errado na preconceituosa e elitista sociedade norte-americana, mas Warrick se formou em Química na respeitada Western Las Vegas University e se tornou um CSI talentoso.

É claro que ele não era perfeito, e seu vício em jogos de azar comprova isso. Mas quem é que resistia a esses lindos olhos verdes, ao jeito suave e bem-humorado e a seriedade com que encarava suas missões? Warrick foi covardemente morto no fim da oitava temporada, e ainda sentimos sua falta. Nono lugar para um dos CSIs mais queridos de todo o tempo!


8. Dr. Eric Foreman, de House


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Ele escolheu a neurologia (uma das especialidades mais temidas pelos estudantes de Medicina, na qual ele se especializou com a maior média de sua turma), atura o Dr. House todo dia e, de quebra, namora uma das maiores gatas do Princeton-Plainsboro.

Quem diria que um cara que, na adolescência, arrombava casas, roubava carros e foi tachado de “delinquente juvenil”, chegaria tão longe? Pois Foreman chegou, e é reconhecido pelos colegas como o mais inteligente e mais qualificado médico da equipe de House. Por todos os adjetivos que se seguem à menção do nome do médico, oitavo lugar para o Dr. Foreman!


7. Wilhelmina Slater, de Ugly Betty


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Wilhelmina é uma ex-super-top-model egocêntrica e vaidosa que dedica sua vida a apenas duas coisas: a revista MODE e injeções de Botox. Ambiciosa, ela não pensa duas vezes antes de passar a perna em quer que seja para conquistar ainda mais poder dentro das Publicações Meade. E ela tem várias armas por isso: por conta de seu passado glorioso como modelo, conhece os podres de todos os figurões envolvidos com a moda, e pode ameaçar expor os segredos de gente muito importante.

Mas seu passado não foi nada fácil. Wilhelmina é filha de um senador, um homem severo que nunca apreciou as conquistas da filha. A mágoa é tão grande que a toda-poderosa da MODE nunca se referiu a ele como “pai”, apenas como “o senador”. Além disso, o relacionamento com a filha Nico também não é dos mais saudáveis, e mãe e filha vivem afastadas. Wilhelmina até tentou, mas Nico armou um esquema para extorqui-la, o que enterrou de vez o relacionamento entre as duas.

Linda, poderosa, obstinada e corajosa: sétimo lugar para uma das vilãs mais queridas da TV!


6. O Chefe (Richard Webber), de Grey’s Anatomy


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Uma curiosidade sobre Grey’s Anatomy: o elenco foi escolhido num sistema conhecido como “blind-casting”, o que significa que a etnia dos atores e atrizes não era pré-requisito para se candidatar a um papel na série. Assim, o elenco do drama médico conta com um elenco muito diversificado, o que afetou o background dos personagens que cada um interpretava.

O fato de o ator James Pickens Jr. ser negro não alterou o passado do Dr. Webber, mas pode influenciar o futuro de muitos aspirantes a médicos. Em uma pesquisa rápida na internet, a equipe do Minha Série encontrou inúmeros depoimentos de jovens estudantes de Medicina, todos afro-americanos, que declararam que o Chefe do Seattle Grace Hospital é um modelo para eles: centrado, determinado e dedicado ao hospital, Richard é durão, mas tem um coração gigantesco. Ele pode ter problemas para equilibrar a vida profissional e pessoal, mas, afinal, quem não tem?

Por ter conquistado o mais alto posto dentro da hierarquia do hospital, é do Chefe o sexto lugar em nosso top!


5. Miranda Bailey, de Grey’s Anatomy


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Ela é durona. Ela é uma cirurgiã competente. Ela mete medo em seus internos. Ela mete medo nos residentes. Ela mete medo até no diretor do hospital. Mas ela é, também, a "mãezona" de toda a equipe do Seattle Grace Hospital: a Drª Bailey convenceu Izzie a voltar ao hospital depois da morte de Denny, ajudou Christina a superar o aborto espontâneo que sofreu, e tentou proteger Meredith dos males que o relacionamento com Derek poderiam trazer.

Mas nem sua reconhecida competência como cirurgiã foi suficiente para livrá-la do preconceito. Na quarta temporada, Miranda salvou a vida de um paramédico que acreditava na superioridade dos brancos mesmo depois de ele ter se recusado a ser ajudado pela médica. Ela teve até mesmo que encarar a tatuagem de uma suástica na barriga do paciente durante uma cirurgia – que foi encerrada com Bailey declarando que nunca mais seria chamada de “Nazi”.

Nós somos fãs incondicionais de Bailey e de sua postura ética. Quinto lugar para a médica!


4. Chris, de Everybody Hates Chris (Todo Mundo Odeia o Chris)


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Não basta ser o filho mais velho em uma família para lá de maluca: Chris tem um azar inacreditável, e foi “sorteado” para estudar em uma escola muito, muito longe de sua casa. Pior: ele foi o primeiro (e por muito tempo, único) aluno negro da escola. É claro que Chris sofreu muito preconceito – ainda que não intencionalmente. Sua professora amalucada, a Srta. Morello, está sempre se esforçando para apoiá-lo, mas suas tentativas sempre resultam em observações racistas. Ela acredita que Chris está envolvido com drogas, vem de um lar disfuncional e quer ser jogador de basquetebol.

Mas ela fala todas essas bobeiras com preocupação pelo futuro do aluno – e, sabendo disso, Chris não se incomoda muito com as ingenuidades da professora. Quarto lugar para o único aluno negro do Corleone High!


3. Presidente David Palmer, de 24 Horas


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Quando ninguém ainda achava possível que os Estados Unidos fossem liderados por um negro, o Presidente Palmer já estava confortavelmente instalado na Casa Branca, em Washington, e dando carta branca para a CTU acabar com qualquer ameaça ao seu país. Palmer foi um excelente líder que tomou decisões difíceis sem hesitar, e só perdia para Jack Bauer no ranking de personagens mais queridos de 24 Horas.

Diz-se que foi a brilhante desempenho de Dennis Haysbert como o Presidente Palmer que abriu as portas para a eleição de Barack Obama. Comentadores políticos estadunidenses já afirmaram que a atuação de Palmer deixou os eleitores mais familiarizados com a ideia de ter um presidente afro-americano no comando dos Estados Unidos, o que favoreceu a campanha de Obama – o que foi chamado de “efeito Palmer”.

É ou não é digno de ocupar o terceiro lugar de nossa lista? Medalha de bronze para ele!


2. Os Kyle, de My Wife and Kids (Eu, a Patroa e as Crianças)


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Eles tiveram que batalhar muito para chegar aonde chegaram – e mesmo com todo o conforto trazido pelo sucesso do patriarca, essa família ainda enfrenta muitos problemas com uma dose de bom-humor incomparável.

A série que mostrava o dia a dia de Michael, Jay, Claire, Junior e Kady recebeu inúmeros prêmios de organizações que incentivam o orgulho negro, e não é difícil entender por quê. My Wife and Kids não apenas era uma das séries mais queridas do público norte-americano como também mostrou uma família negra bem-sucedida e perfeitamente funcional, um modelo para todas as famílias do país.

O seriado conquistou uma legião de fãs no Brasil e deixou saudades quando terminou abruptamente. Pelo menos ainda temos as incansáveis reprises, que continuam garantindo um lugar em nosso coração para os Kyles e suas maluquices! Medalha de prata para eles!


1. Os Banks, de Um Maluco no Pedaço


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Que atire a primeira pedra quem nunca se emocionou com um episódio deste sucesso dos anos 1990. Retratando o choque entre dois mundos – o subúrbio de Will e a vida da classe média alta dos Banks –, Um Maluco no Pedaço conseguia abordar temas sérios sem nunca perder a capacidade de arrancar risadas da audiência.

Um dos temas centrais da série era a identidade negra. Will pegava no pé de Carlton por acreditar que o primo havia “embranquecido” – ou seja, que a fortuna da família fazia o rapaz se comportar como se não fosse afro descendente, adotando os costumes, os trejeitos e os gostos dos colegas da elite branca. Mas isso não significa que Carlton, Hilary, Ashley, e até mesmo o Tio Phillip e a Tia Vivian não foram alvo de preconceito.

Pela capacidade de tocar em assuntos delicados com honestidade e valorizando a nascente cultura do hip-hop e street, encabeçada pelos jovens negros norte-americanos, Um Maluco no Pedaço é sempre lembrada quando o assunto é a identidade negra nos Estados Unidos. Por isso, primeiro lugar para Will e companhia!

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Fontes

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