Sky Rojo: série da Netflix conquista os assinantes do streaming (crítica)

Por Matheus Rocha da Silva

23/03/2021 - 13:002 min de leitura

Sky Rojo: série da Netflix conquista os assinantes do streaming (crítica)

Fonte :  Netflix 

Imagem de Sky Rojo: série da Netflix conquista os assinantes do streaming (crítica) no tecmundo

Na última sexta-feira (19), os oito episódios da 1ª temporada de Sky Rojo ficaram disponíveis na Netflix. A trama repleta de ação e drama vem de Álex Pina e Esther Martínez Lobato, os mesmos criadores da famosa série La Casa de Papel.

Logo nos seus primeiros minutos, a série fornece muita adrenalina na exibição de seus conflitos. Dessa forma, a produção espanhola conquistou os assinantes do streaming, figurando quase que instantaneamente no Top 10 de diversos países.

A premissa é bastante simples: três prostitutas, que estão presas em um esquema repleto de perigos, arquitetam um plano para conseguir fugir de seus cafetões. No entanto, elas precisarão contar apenas umas com as outras para se safarem em uma perseguição conturbada e que pode ser fatal.

Com personagens bem construídos, diálogos intensos e muito ritmo, os episódios parecem não ser suficientes para combinar tantas emoções na tela. Confira mais sobre a série com o nossa crítica de Sky Rojo!

(Netflix/Reprodução)(Netflix/Reprodução)

Sky Rojo: série espanhola apresenta personagens principais em meio à adrenalina

Em poucos minutos, os roteiristas conseguem estabelecer muito bem os conflitos centrais do primeiro episódio — fomentando também as tensões que percorrerão a trajetória das personagens principais ao longo da 1ª temporada. 

Nesse contexto, surge Coral (interpretada por Verónica Sánchez), formada em biologia, que, após se perder em suas próprias frustrações, resolve investir no trabalho sexual em um clube para maiores. Ela e Romeo (Asier Etxeandia) parecem ter uma relação um tanto quanto íntima nesse primeiro momento, algo que é evidenciado pela boa química da dupla em cena.

As melhores amigas dela também trabalham no clube. Gina (Yany Prado) e Wendy (Lali Espósito) compartilham sempre suas experiências terríveis de trabalho para aliviarem a mente e perceberem que estão no mesmo barco. 

Moisés (Miguel Ángel Silvestre) e Christian (Enric Auquer) aparecem como os comandantes do local. Além de serem muito ambiciosos, fazem de tudo para que nada alarmante aconteça para não comprometer a hegemonia do clube e o sigilo dos clientes.

(Netflix/Reprodução)(Netflix/Reprodução)

Entretanto, após um desentendimento entre Romeo e as meninas, acidentalmente, ele acaba sendo assassinado por elas. 

Com isso, as três decidem fugir juntas em um carro, mas só depois de perceberem que terão um destino bastante cruel se não fizerem nada por suas vidas. Nesse sentido, os episódios curtos, com uma média de 35 minutos de duração, aceleram ainda mais o ritmo frenético que a trama carrega.

O que mais chama a atenção, para além da fuga das personagens principais, é o toque agridoce que a construção dos diálogos destaca. Há muitas passagens repletas de tensões, mas, ao mesmo tempo, o bom humor auxilia na identificação para com o público, criando um forte laço para que a saga seja assistida em sua totalidade. 

Contudo, aos poucos, os roteiristas estabelecem uma certa confiança com o desenrolar dos fatos expostos. Durante a exibição dos episódios, os espectadores conseguem conhecer um pouco mais sobre cada uma das personagens anteriormente apresentadas. Todas as informações relatadas são bastante importantes para as jornadas individuais das protagonistas.

(Netflix/Reprodução)(Netflix/Reprodução)

Tudo isso culmina para uma certa justificativa das escolhas que as levam adiante. Para além da boa administração do roteiro, contando com as escolhas estilísticas que transformam personagens e diálogos, a direção dos episódios — a cargo de David Victori — tem uma competência exímia ao transpor sentimentos e emoções aos enquadramentos.

O trabalho das outras equipes também merece ser ressaltado, sobretudo o de design de produção, que traz à tona uma ambientação rica em detalhes, cores vivas para evidenciar certos comportamentos internos e figurinos exuberantes, que ajudam a destacar ainda mais a personalidade de cada um dos personagens.

Sendo assim, Sky Rojo merece ser assistida pela grande competência que entrega ao público, impressionando a todos com seu evidente carisma e um final arrebatador. 

A série da Netflix ainda não foi renovada oficialmente para uma 2ª temporada, mas esperamos muito que isso aconteça. 

Vamos aguardar! 


Por Matheus Rocha da Silva

Especialista em Redator

Redator, roteirista e produtor audiovisual. Graduado em Cinema e Audiovisual, desenvolve pesquisas acadêmicas na área de estudos da cultura e comunicação audiovisual.


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Fontes

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