Irmãos Menendez: Como estão os assassinos mostrados na série hoje em dia?

Por Felipe Gugelmin Valente

20/09/2024 - 15:012 min de leitura

Irmãos Menendez: Como estão os assassinos mostrados na série hoje em dia?

Lançada pela Netflix na última quinta-feira (19), a série Monstros – Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais choca por revelar a história real de dois jovens ricos que decidiram exterminar a própria família. Em nove episódios, ela mostra o histórico da família, bem como os motivos que levaram a dupla a cometer o crime violento.

Trazendo uma versão romantizada dos fatos, que é enriquecida com revelações reais inéditas, a produção chegou ao streaming pouco mais de 34 anos após a condenação dos irmãos. Embora eles não ganhem mais o destaque da mídia do passado, ambos continuam figuras capazes de estampar manchetes ao redor do mundo.

Lembrando que o texto a seguir contém spoilers da série da Netflix, então siga por sua conta e risco!

Por onde andam os Irmãos Menendez?

Conforme revela a nova série, Joseph Lyle e Erik Galen Menendez foram considerados culpados do assassinato de seus pais, José Enrique e Mary Louise “Katty” Andersen. Os dois foram condenados a cumprir uma pena de prisão perpétua, sem nenhuma oportunidade de fiança ou progressão para os regimes aberto ou semiaberto.

Durante todo esse tempo, os Irmãos Menendez continuam insistindo que seus crimes foram uma reação a uma vida marcada por abusos físicos e psicológicos. A série da Netflix inclusive revela conteúdos inéditos de cartas escritas por eles nos quais essas questões são descritas em detalhes — mas os documentos nunca foram apresentados aos tribunais.

Desde a condenação, Lyle e Erik foram mandados para locais separados, mas tiveram a chance de se reunir em 2018, quando passaram a compartilhar a mesma prisão. Apesar de levarem vidas de presidiários sem grandes conflitos, eles continuam no imaginário popular graças à produção de diversos documentários, filmes, podcasts e livros que examinam sua história.

Em 1999, Erik se casou com Tammi Ruth Saccoman, a quem conheceu através de um sistema de correspondência, e o relacionamento já rendeu um livro com relativo sucesso comercial. Ele também passou a se dedicar à pintura durante seu tempo na prisão, e virou uma voz ativa entre aqueles que pedem por uma reforma do sistema prisional norte-americano.

“Ser preso foi um grande alívio. Minha vida acabou e eu fiquei feliz”, afirmou ele à People em 2005. “Assim que eu fui preso e colocado na prisão, aquela pessoa que eu era começou a surgir novamente. Eu tive que descobrir isso por conta própria”. Já Lyle foi casado entre 1996 e 2001 com Anna Eriksoon e, em 2003, iniciou um relacionamento com Rebecca Sneed.

Ele afirma que considera a prisão como um ambiente muito instável e que manter um casamento saudável o ajuda a se permanecer centrado. Durante seu tempo na cadeia, ele se destacou por fazer parte de grupos de apoio que ajudam prisioneiros a lidar com as consequências e marcas deixadas por abusos sexuais.

Os assassinos podem deixar a prisão?

Até o momento, não há sinais de que a pena de prisão perpétua dos Irmãos Menendez tem chances de ser revertida. Em 2023, os advogados que os representam entraram com um apelo afirmando que os conteúdos do documentário Menendez + Menudo: Boys Betrayed mostravam que eles realmente haviam sido vítimas de abusos intensos.

Segundo documentos obtidos pelo Los Angeles Times, os irmãos argumentam que as evidências provam que o patriarca da família era um homem abusivo e autoritário. Eles também afirmam que o caso deve ser considerado um “homicídio culposo, não assassinato” e que “as mortes aconteceram em legítima defesa imperfeita, após uma vida inteira de abuso físico e sexual de seus pais”.

Erik e Lyle possuem o apoio da maior parte dos membros estendidos da família Menendez, que acreditam que “há coisas na vida que não se pode inventar”. Entre eles está Joan Vander Molen, irmã mais velha de Kitty, que acredita que a história “deve ser uma lição para todos sobre os efeitos de abusos infantis e molestações, seja você rico ou não”.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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