Coreia do Norte usa MMOs para arrecadar dinheiro

Por Felipe Gugelmin Valente

12/08/2011 - 02:591 min de leitura

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Imagem de Coreia do Norte usa MMOs para arrecadar dinheiro no site TecMundo

(Fonte da imagem: New Scientist)

O ditador Kim Jong-il arranjou uma maneira inusitada de levantar dinheiro para seu país, que sofre com as sanções impostas pelas Nações Unidas. Segundo autoridades da Coreia do Sul, um time de hackers norte-coreanos invadiu jogos online populares (os famosos MMOs) para descobrir meios de adquirir mais pontos e ter acesso rápido a equipamentos raros.

Segundo reportagem publicada pelo The New York Times, no dia 4 de agosto a polícia sul-coreana prendeu cinco pessoas responsáveis por organizar um esquadrão de 30 hackers especializados nesse tipo de ação. Entre os prejudicados pelo esquema estão títulos como Lineage e Dungeon and Fighter, que tiveram brechas de segurança exploradas para permitir a jogatina automática de personagens (os famosos bots).

Os pontos e equipamentos acumulados eram vendidos por dinheiro real a jogadores dispostos a melhorar as habilidades de seus personagens, sem ter que se esforçar para tanto. Além disso, também era vendido o software responsável por explorar as falhas de segurança dos servidores.

Ataques frequentes

Em cerca de dois anos, a operação rendeu lucros de aproximadamente US$ 6 milhões. 55% desse valor era destinado aos hackers, que enviavam parte do dinheiro a agentes em Pyongyang, capital da Coreia do Norte. Segundo Chung Kil-hwan, oficial superior da Unidade de Investigação de Crimes Internacionais da Coreia do Sul, todos os invasores eram graduados em universidades de elite do país vizinho.

(Fonte da imagem: NCsoft)

Não é a primeira vez que acusações desse tipo surgem. Em julho de 2009, a Coreia do Sul acusou hackers da Coreia do Norte como os responsáveis pela criação de softwares maliciosos que paralisaram sites do governo e de diversas instituições financeiras. Situação semelhante aconteceu em maio, quando ataques derrubaram a rede de um banco sul-coreano. O governo de Kim Jon-il negou os ataques, dizendo que as alegações do país vizinho não passavam de uma conspiração inventada.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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