Trem-bala no Brasil: empresa recebe autorização para tocar projeto

Por JORGE MARIN

03/03/2023 - 09:152 min de leitura

Trem-bala no Brasil: empresa recebe autorização para tocar projeto

Fonte : Getty Images

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Um tema recorrente no sudeste do país – a implantação de um trem-bala entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro – voltou a virar assunto. Na quinta-feira (2), a TAV Brasil (Empresa Brasileira de Trens de Alta Velocidade), assinou um contrato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que dá a autorização para fazer a obra. 

Mas o caminho é longo.

A linha ferroviária de alta velocidade entre as duas capitais terá 380 km de extensão e prevê sua inauguração para junho de 2032. O pedido de autorização já havia sido aprovado pela agência reguladora no mês passado, seguindo o modelo implantado pela Lei nº 14.273 – a chamada Lei das Ferrovias de dezembro de 2021 – que visa agilizar investimentos no setor.

A nova lei criou o regime de autorização, que inverte o antigo fluxo de operações, ou seja, em vez de ser o governo a propor novos trechos e licitar as obras no modelo de concessão, é a iniciativa privada que apresenta os projetos para serem aprovados ou não pela autarquia responsável pelo assunto

Como será o trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro?

O traçado original do projeto do trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio de Janeiro prevê 378 km de ferrovias ligando diversas cidades entre as duas metrópoles. O tempo de viagem previsto é de apenas uma hora e meia. Com isso, a velocidade média do comboio teria que chegar a 350 km/h, uma das mais rápidas do mundo. 

Vista da janela de um trem-bala chinêsVista da janela de um trem-bala chinês

Quais são os próximos passos do projeto?

Após a assinatura do Contrato de Adesão pela ANTT e pela TAV Brasil, cabe agora à empresa obter licenciamento junto aos demais órgãos competentes, elaborar projetos de engenharia e de viabilidade socioambiental e, naturalmente, buscar os financiamentos para viabilizar a obra. 

Com um capital social de apenas R$ 100 mil, a empresa dependerá de investidores para tirar o projeto de R$ 50 bilhões do papel. A ideia, segundo o contrato, é recorrer a "financiamentos de fundos de pensão, investidores nacionais e internacionais, BNDES e agências multilaterais de crédito."


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


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