Cientistas desenvolvem implantes elétricos para ampliar a memória

Por Rafael Farinaccio

17/09/2015 - 12:532 min de leitura

Cientistas desenvolvem implantes elétricos para ampliar a memória

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Já imaginou se fosse possível instalar um implante na cabeça que nos permitisse lembrar melhor das coisas? Pois esse sonho pode estar mais perto de se realizar segundo revelou a DARPA, a agência de projetos de pesquisa avançada de defesa dos Estados Unidos.

Vamos obter uma capacidade crítica de ajudar quem sofre com problemas neurológicos sem tratamento.

Foram realizados testes com meia dúzia de voluntários que tiveram dispositivos conectados a seus cérebros. Eles receberam “choques” direcionados em seus centros de memória e apresentaram ótimos resultados nas provas de memorização realizadas para testar os efeitos desse procedimento.

A tecnologia por trás das lembranças

Justin Sanchez, gerente do programa realizado pela DARPA, afirmou que “conforme a tecnologia desses dispositivos completamente implantáveis for melhorando e conforme formos aprendendo mais sobre como estimular o cérebro de modo mais preciso para obtermos os efeitos mais terapêuticos, acredito que vamos obter uma capacidade crítica de ajudar soldados feridos e outros que hoje sofrem com problemas neurológicos sem tratamento”.

Os pesquisadores são capazes de estimular especificamente uma área do cérebro humano com pequenos choques elétricos.

De acordo com a DARPA, o experimento faz parte do programa RAM (Restoring Active Memory, ou em português, restaurando a memória ativa). Com os eletrodos que são implantados na cabeça, os pesquisadores são capazes de estimular especificamente uma área do cérebro humano com pequenos choques elétricos, permitindo aos cientistas avaliar a reação, ler e interpretar a atividade cerebral que gira em torno da recuperação de uma lembrança, ou mesmo se estamos formando uma memória falsa na cabeça.

Pela primeira vez em humanos

A DARPA está inaugurando os testes de memória através de implantes em seres humanos, depois de uma pesquisa na mesma área realizada por uma equipe da Universidade do Sul da Califórnia em ratos e outros pequenos mamíferos. As pessoas que se candidataram aos testes da DARPA eram pacientes de neurologia que necessitavam de cirurgias por problemas que não envolviam perda de memória. Aproveitando-se do procedimento que já seria realizado, os eletrodos foram implantados nas cobaias humanas.

Após os primeiros testes, os cientistas puderam registrar e interpretar os sinais que armazenam memórias no cérebro e recuperá-los posteriormente.

As áreas que foram estimuladas no cérebro dos voluntários eram responsáveis por formar memórias declarativas, usada para lembrar eventos, lugares, situações ou listas de objetos, além da memória espacial e de navegação. Após os primeiros testes, os cientistas puderam registrar e interpretar os sinais que armazenam memórias no cérebro e recuperá-los posteriormente, além de ativar áreas da memória que melhoraram a lembrança das cobaias sobre listas de objetos.

Os cientistas da agência de pesquisa americana ainda testam meios mais eficazes de produzir esse estímulo. Por ainda não terem divulgado os resultados oficiais do estudo em publicações científicas, maiores detalhes não foram divulgados pela DARPA.

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