Smartwatches poderão diagnosticar doenças como a covid-19

Por Igor Almenara Carneiro

25/04/2020 - 04:002 min de leitura

Smartwatches poderão diagnosticar doenças como a covid-19

Fonte : Doug Duvall/IDG

Imagem de Smartwatches poderão diagnosticar doenças no futuro no tecmundo

Ainda que os mais modernos smartwatches existentes do mercado ainda não sejam capazes de detectar a temperatura corporal devido a uma série de fatores, eles ainda podem ser uma ferramenta crucial para identificar seu estado de saúde. Não só doenças cardíacas, mas pesquisadores já tentam relacionar a frequência cardíaca e outros sinais com mais enfermidades, como a COVID-19.

Não é novidade que wearables — principalmente Apple Watches e  Fitbits — são capazes de identificar comportamento irregular do coração. Essa capacidade dos sensores, inclusive, já foi responsável por diagnósticos capazes de ajudar a salvar vidas de usuários pelo mundo. 

Mas como um smartwatch poderia identificar alguma doença com sintomas de febre, desconforto e outros? O segredo está na vasodilatação, uma a reação do corpo para inflamações. Seu cérebro percebe que precisa aumentar a frequência cardíaca para aumentar a quantidade de sangue circulando pelas regiões inflamadas, já que seus vasos sanguíneos estão dilatados.

Gráficos exibidos no CardiogramGráficos exibidos no Cardiogram

Essa descoberta partiu do cofundador do app Cardiogram, um aplicativo disponível em Apple Watches e dispositivos com WearOS, da Google. Agora, portadores desses dispositivos podem monitorar e ver os relatórios dos batimentos cardíacos durante o sono.

Quando ocioso, seu corpo tende a ter um ritmo constante de batimentos por minuto. Contudo, doenças podem interferir nesse comportamento e gerar oscilações evidentes. Isso significa que o estudo do ritmo cardíaco durante o sono é fonte de informações para determinação de doenças simples, como a gripe — ou mais graves, como a COVID-19.

Ainda assim, o Cardiogram ainda está analisando essas flutuações e interferências na frequência cardíaca, já que outros fatores também podem alterar esses números, incluindo ingestão de álcool, consumo de cafeína, ansiedade e outras. Sendo assim, seu smartwatch ainda não o notificará caso sua frequência cardíaca oscile misteriosamente.

Frequência cardíaca pode indicar a presença de agentes infecciososFrequência cardíaca pode indicar a presença de agentes infecciosos

Dados fazem a força

Os aparelhos FitBit não contam com o aplicativo Cardiogram, mas são capazes de exibir o nível estimado de oxigênio no sangue — também monitorando sua frequência cardíaca durante a noite. Ainda que os resultados não sejam instantâneos e precisos, o wearable é capaz de identificar os níveis de oxigênio no sangue pelo comportamento do seu corpo enquanto dorme.

Determinar esse número em conjunto com a análise da frequência cardíaca pode gerar diagnósticos mais precisos e determinar a presença de agentes infecciosos. No entanto, por se tratar de estudos em andamento, ainda não é possível utilizar as informações coletadas pelos smartwatches para determinar gripes e outras doenças. Entretanto, podemos torcer para que mais funções cheguem aos relógios.


Por Igor Almenara Carneiro

Especialista em Redator

Redator de tecnologia desde 2019, ex-Canaltech, atualmente TecMundo e um assíduo universitário do curso de Bacharel em Sistemas de Informação. Pai de pet, gamer e amante de músicas desconhecidas.


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