Mochila com IA permite que deficientes visuais andem sozinhos

Por JORGE MARIN

31/03/2021 - 11:001 min de leitura

Mochila com IA permite que deficientes visuais andem sozinhos

Fonte :

Imagem de Mochila com IA permite que deficientes visuais andem sozinhos no tecmundo

Para facilitar a vida de um amigo, um desenvolvedor resolveu adaptar um dispositivo de inteligência artificial (IA) da Intel a uma mochila, e acabou criando um novo equipamento ativado por voz capaz de auxiliar os deficientes visuais a perceber e explorar o mundo à sua volta.

Feita por Jagadish K. Mahendran, do Instituto de Inteligência Artificial da Universidade da Geórgia, nos EUA, a mochila presta orientações na identificação de obstáculos do dia a dia, como sinais de trânsito, degraus no caminho, faixa de pedestres, objetos em movimento e desníveis do terreno. A operação toda é executada por um dispositivo interativo com um consumo baixo de energia.

O funcionamento da nova mochila

A mochila traz alojado dentro dela um dispositivo parecido com um laptop, conectado a uma câmera 4K. Este instrumento óptico, uma Luxonis OAK-D, consegue acessar o ambiente externo ao usuário através de três orifícios no colete. Também dentro da mochila, a bateria permite o envio de localização por SMS e dura cerca de oito horas.

Quando ligado, o aparelho utiliza as imagens da câmera para executar redes neurais e combinar funções de visão computacional com um mapa em profundidade em tempo real. Equipado com Bluetooth, um fone de ouvido permite ao usuário interagir com o sistema através de consultas e comandos de voz. O sistema responde e conversa com o usuário, fornecendo alertas de forma precisa e audível.

De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem no mundo cerca de 285 milhões de deficientes visuais. Os sistemas de assistência visual hoje disponíveis limitam-se a aplicativos de smartphone assistidos por voz com base em GPS. O que a mochila de Mahendran trouxe de novo foi a percepção de profundidade que faltava para facilitar uma navegação independente.


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


Veja também